Estudantes chilenos ameaçam radicalizar protestos por educação pública
A capital do Chile, Santiago, amanheceu movimentada nesta quarta-feira (11). Os estudantes ocuparam as principais ruas da cidade para reivindicar respostas do governo com relação ao projeto de educação pública. Eles prometem radicalizar caso o governo não dê respostas.
Publicado 11/05/2016 12:53
A manifestação foi convocada pela Confederação de Estudantes do Chile (Confech) com o lema “Que as mudanças não fiquem apenas em promessas. Vamos transformar a educação!”.
Em coletiva à imprensa, a porta-voz da Confeth, Marta Matamala, afirmou que os estudantes “não estão brigando por migalhas”, pelo contrário, exigem soluções concretas para a questão da educação.
Na última quinta-feira (5), os estudantes fizeram uma grande marcha rumo ao Ministério da Educação e foram severamente reprimidos pela política.
A educação pública no Chile foi fortemente golpeada pela administração do ditador Augusto Pinochet, que privatizou praticamente todos os serviços públicos. Passadas mais de três décadas do fim da ditadura, o país ainda não conseguiu se libertar das amarras neoliberais que dominam o sistema educacional. Mesmo as escolas públicas cobram taxas e até mesmo mensalidades, de forma a impor barreiras ao acesso dos estudantes mais pobres.
Por isso os estudantes exigem uma reforma profunda na educação pública de modo a criar um sistema totalmente gratuito.