Dilma diz que é vítima de injustiça e alerta para riscos do golpe 

“Não existe injustiça mais devastadora do que condenar um inocente”, declarou a presidenta Dilma Rousseff, na manhã desta quinta-feira (12), após receber a notificação do seu afastamento temporário do cargo de Presidenta da República, enviado pelo Senado. “Diante da decisão do Senado, eu quero esclarecer os fatos e denunciar os riscos de um impeachment fraudulento, um verdadeiro golpe”, afirmou.

Dilma diz que é vítima de injustiça e alerta para riscos do golpe - Agência Brasil

Ao lado de todo o seu ministério e parlamentares – deputados federais e senadores da base governista na área interna do Palácio do Planalto, e acompanhada, do lado de fora, pelo ex-presidente Lula e manifestantes, Dilma disse que “o que está em jogo não é o meu mandato, é a vontade soberana do povo brasileiro e as conquistas dos últimos 13 anos, o ganho das pessoas mais pobres, a proteção às crianças, os jovens chegando às universidades e as escolas técnica, a valorização do salário mínimo, os médicos chegando à população, o sonho da casa própria. O que está em jogo é a descoberta do pré-sal e o futuro do Brasil, a esperança de avançar sempre mais.”

Em seguida, a presidenta garantiu que não cometeu os erros a que a ela atribui a oposição, que não se conformou com a derrota nas eleições de 2014; que não vai desistir de lutar para exercer o cargo para a qual foi eleita até o final – em dezembro de 2018 e, dirigindo-se aos brasileiros que lutam pela democracia disse:

Luta pela democracia

“Aos brasileiros que se opõem ao golpe, mantenham-se mobilizados, unidos e em paz. A luta pela democracia não tem data para terminar, é luta permanente, que exige de nós mobilização constante. É uma luta que pode ser vencida e nós vamos vencer. Essa vitória depende de todos nós. Vamos mostrar ao mundo que há milhões de defensores da democracia no nosso país.”

“Eu sei e o povo sabe que a história é feita de luta e sempre vale a pena lutar pela democracia que é o lado certo da história. Jamais vou desistir de lutar”, garantiu a presidenta, sendo saudada com o grito de ordem: “Dilma guerreira, do povo brasileiro.”