Cristovam Buarque considera equivoco fusão de ministérios de Temer

Em Florianópolis para palestrar durante a 5ª Jornada Inovação e Competitividade da Indústria Catarinense, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), chegou discreto ao evento evitando a porta principal e falou com a imprensa por exatos sete minutos. Sem rodeios, afirmou que o Michel Temer, interino no comando no Brasil, errou ao extinguir o Ministério da Cultura _ que agora integra o Ministério da Educação.

Cristovam Buarque - PPS SC

— Foi um equívoco do presidente interino Temer. Em circunstâncias normais, até pode ser que Educação e Cultura estejam juntos, mas neste momento não. Os artistas e intelectuais estão habituados com o MinC. É um equívoco desfazer o ministério (da Cultura) — justificou.

Cristovam Buarque votou a favor da continuidade do processo de impeachment da, agora afastada, presidente Dilma Rousseff (PT). Eleito senador pelo Distrito Federal, o ex-ministro da Educação _ Buarque comandou a pasta entre 2003 e 2004 durante o governo Lula _ ainda criticou a fusão do Ministério da Educação com o da Ciência, Tecnologia e Inovação.

— O pior mesmo foi ter colocado o Ministério da Educação junto com o de Tecnologia e Inovação. O MEC já tem um trabalho tão grande e tão difícil — refletiu com uma pausa de segundos antes de prosseguir — o futuro está na ciência e na tecnologia. Não vejo como o Ministério da Comunicação vai se tornar importante ali. Se ele (Temer) tivesse me consultado, eu teria dito para deixar a cultura onde ela estava. Pegar as universidades e tirá-las do MEC, colocando junto com ciência e tecnologia. Esse ministério então passaria a se chamar Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior. Acho que deveria ter sido feito isso, mas ele não fez. Foi um erro — concluiu.

Buarque ainda se posicionou a favor de uma reforma na rede de ensino brasileira. Para o parlamentar, federalizar as escolas é o melhor caminho para conseguir promover educação de qualidade em todo o país.

— É preciso que isto seja um projeto nacional, não apenas estadual ou municipal. Precisamos de professores de carreira, contratados e selecionados em concursos, como é feito hoje nos bancos. Então os salários seriam pagos pelo governo federal — sugeriu.

Com informações do DC

Foto: PPS SC