Senadora pede suspensão de sessão do Congresso para votar meta fiscal 

A senadora alegou a crise política que vive o Ministério do Planejamento, após a divulgação das declarações do ministro interino da Pasta, Romero Jucá, atestando que o impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff é para suspender as investigações da Operação Lava Jato. A fala da senadora recebeu apoio de muitos outros parlamentares.

A pauta da sessão do Congresso tem, além dos 24 vetos presidenciais que trancam os trabalhos, o projeto de lei que muda a meta fiscal de deficit de R$ 96,7 bilhões para R$ 170,5 bilhões para este ano.

O projeto de lei foi elaborado pelo governo Dilma Rousseff e prevê o encerramento do ano com deficit de até R$ 96,7 bilhões, valor considerado desatualizado pela equipe do presidente ilegítimo Michel Temer.

A senadora destacou a insegurança do projeto e cobrou dos neogovernistas, que não admitiram votar o projeto de mudança de meta para R$ 97 bilhões de deficit orçamentário, e agora querem votar às pressas “um projeto que vem de alguém que confessou, perante o seu amigo, que tudo isso era uma trama, esse impeachment não é impeachment, é uma trama, é um golpe, para tirar a Presidenta da República do poder.”

Para a parlamentar, muitos senadores e deputados não votaram a favor da abertura do processo de pedido de impeachment “na linha revelada agora pelo senador Romero Jucá, cujo objetivo é acabar com a Lava Jato, além das maldades na economia contra o trabalhador e contra o povo brasileiro”, disse a senadora.

Um orçamento com previsão de deficit significa que as despesas serão maiores que as despesas. O governo ilegítimo de Michel Temer aumentou o deficit para passar a ideia de que os rombos nas contas públicas são maiores e pressiona o Congresso a votar a proposta, ameaçando que se o número não for alterado ainda neste mês, o governo paralisará diversas ações ministeriais.