Unidos Podemos, alternativa para ganhar eleições da direita espanhola
O líder do Podemos, Pablo Iglesias, considerou nesta sexta-feira (3) que a coalizão de vários agrupamentos progressistas espanhóis é a alternativa mais clara para vencer o conservador Partido Popular (PP) nas eleições gerais de 26 de junho.
Publicado 03/06/2016 13:51

Entrevistado pela Televisão Espanhola, Iglesias assegurou que o Unidos Podemos, aliança selada entre a Esquerda Unida (IU) e a organização emergente de centro-esquerda, é a candidatura idônea para derrotar o PP, do presidente do governo Mariano Rajoy.
O mais importante é vencer as eleições contra Rajoy e temos muito boas chances para conseguir isso, enfatizou o secretário geral do partido ao ser questionado sobre uma pesquisa interna do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).
A uma semana do início da campanha eleitoral, o PSOE só estaria 1,4 pontos à frente do Unidos Podemos, segundo a pesquisa realizada pelos socialistas que foi vazada para os meios de comunicação.
Esse estudo contrasta com a maioria das pesquisas publicadas durante as últimas semanas, que colocam a coalizão da esquerda espanhola à frente do partido social-democrata liderado por Pedro Sánchez, que resultou em segundo nas eleições de 20 de dezembro.
Neste novo encontro com as urnas haverá poucas dúvidas em relação aos votos e cadeiras, porque o Unidos Podemos conseguirá posicionar-se como a principal alternativa junto aos populares para constituir o governo, insistiu o líder da chamada formação morada.
Esclareceu também que estará nas mãos do PSOE escolher se permite a continuidade do PP no Palácio de Moncloa (sede do poder central) ou aceita constituir um executivo de mudança com a IU, Podemos e suas confluências territoriais em Valencia, Cataluña e Galiza.
Acredita que os eleitores socialistas não consentirão que seu partido facilite a reeleição de Rajoy por mais quatro anos.
"Continuaremos estendendo a mão porque é mais sensato um governo de coalizão com o PSOE", reiterou.
Iglesias considerou uma honra que o Podemos seja a força que articula o acordo de uma pluralidade de organizações, entre elas a Esquerda Unida, e defendeu que esse pacto se mantenha para além de 26 de junho.
Temos conseguido unir setores e identidades muito diferentes, que estão "convocados pela história a caminhar juntos", sublinhou.
Não tem volta atrás, sentenciou em relação ao futuro da histórica aliança, forjada depois de meses de negociações e uma tentativa frustrada em dezembro.