Petroleiros do RN param por 24 horas contra o golpe e pela Petrobras,
A categoria petroleira norte-rio-grandense aderiu em peso à greve nacional de 24 horas, deflagrada nesta sexta-feira (10). O movimento atinge as principais bases administrativas e operacionais do Estado, repudiando as ameaças à integridade da Petrobrás e a intenção do governo ilegítimo de Michel Temer de por fim ao regime de partilha na exploração do pré-sal.
Publicado 10/06/2016 22:12

Com o apoio de colegas terceirizados e de diversas empresas do setor privado, os trabalhadores da Petrobrás também repudiam a aprovação do nome de Pedro Parente para a presidência da companhia. Empossado recentemente, o ex-chefe da Casa Civil do governo FHC é réu em ações judiciais que cobram ressarcimento de prejuízos causados à Petrobrás e jamais poderia ter sido indicado ao posto.
Na sede administrativa da UO-RNCE, em Natal, a mobilização teve início às 6h00. Aos poucos, centenas de trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás e de empresas terceirizadas se concentraram em frente ao portão principal de acesso às instalações. Às 9h00, foi realizado um ato público, que contou com a presença de representantes políticos e de lideranças de diversos movimentos sociais.
Na Base-34, em Mossoró, a paralisação teve início às 5h00 com a realização de um trancaço. Cerca de 600 pessoas participaram da atividade. Às 7h00, os manifestantes interditaram as duas vias da BR-304 e nenhum transporte trafegou no trecho até às 9h00. Segundo a imprensa, o congestionamento se estendeu por 2km.
No Polo Industrial de Guamaré, mais de 300 trabalhadores e trabalhadoras reuniram-se em assembleia, no início da manhã, e decidiram cruzar os braços, paralisando os serviços. Durante toda a sexta-feira, não será emitida Permissão para Trabalho (PT). O movimento atinge a Refinaria Potiguar Clara Camarão – RPCC, a Unidade de Tratamento de Produtos Fluidos – UTPF – e o Terminal da Transpetro.
No Ativo de Produção de Alto do Rodrigues, a mobilização em defesa da Petrobrás e contra o governo golpista foi realizada na quinta-feira (9), atingindo áreas administrativas e operacionais. Houve suspensão da emissão de PT por até 3 horas, e foram realizadas reuniões com expressivos contingentes de trabalhadores que analisaram a conjuntura nacional e a situação da Petrobrás.