Protestos em Paris têm choque com polícia e detenção de manifestantes

Vários confrontos entre manifestantes e membros das forças de repressão francesas resultaram em 12 prisões nesta terça-feira (14), em Paris, durante uma mobilização nacional para exigir a retirada do plano de reforma trabalhista do governo.

Manifestação em Paris contra a reforma trabalhista proposta por François Hollande

Há mais de três meses começaram os protestos contra o projeto. Posto em prática pelo governo sem acordo no parlamento, ele prejudica os direitos dos trabalhadores e beneficia o empresariado, em um país onde a taxa de desemprego se localiza em torno de 10 por cento.

Dentro do próprio Partido Socialista, que está no governo, vários militantes expressam discórdia em relação ao plano, afirmando que dá ao empresariado maiores poderes em matéria de organização do tempo de trabalho e de demissões.

Durante a manifestação desta terça, que coincide com a análise do texto no Senado, aconteceram choques violentos, como em manifestações anteriores convocadas com o mesmo objetivo.

Os confrontos começaram quando indivíduos encapuzados lançaram objetos sobre as forças da ordem e estas empregaram gases lacrimogêneos. Algumas pessoas ficaram feridas, de acordo com a informação divulgada.

Vários manifestantes declararam à Prensa Latina que pedem ao governo que retire o projeto porque constitui uma regressão social, ao ir de encontro com os direitos dos trabalhadores.

A manifestação em Paris acontece também ao mesmo tempo de nova greve nas ferrovias, que é parte de um movimento que combina demandas internas e a rejeição ao polêmico projeto trabalhista.

Ao mesmo tempo, pilotos da companhia aérea Air France completam hoje seu quarto e último dia consecutivo de greve com o fim de obter melhorias nas condições de trabalho.