Ato no Congresso enfrenta ameaças à Petrobras do governo golpista
Diante das ameaças de desmonte do Estado brasileiro pelo presidente ilegítimo Michel Temer, deputados, sindicalistas e movimentos sociais realizaram, na tarde desta terça-feira (14), Ato em Defesa da Petrobras e do Pré-Sal. Os manifestantes reuniram-se no gramado em frente ao Congresso Nacional, depois que foram impedidos de entrar nas dependências da Câmara que queria evitar manifestações durante a sessão de cassação do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Publicado 15/06/2016 10:37
O coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras, Davidson Magalhães (PCdoB-BA), denunciou o ataque ao desenvolvimento nacional, promovido pelo governo Temer, com a colaboração do PSDB, que implica em quebrar a espinha dorsal do projeto iniciado por Lula.
O parlamentar acrescentou que está vigilante quanto ao projeto de José Serra (PSDB), em apreciação por comissão especial da Câmara, que pretende transferir para multinacionais a exploração do petróleo do pré-sal.
“Não é à toa que Serra disse que a Petrobras deveria ficar restrita à exploração de petróleo. Querem quebrar a capacidade tecnológica, que agrega valor, e de desenvolver a cadeia de produção de petróleo e gás no país”, disse.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) deixou rapidamente a reunião da Comissão do Impeachment no Senado para discursar aos manifestantes. Ela destacou que o golpe contra a presidenta Dilma não é para acabar com a corrupção, é para implantar o projeto neoliberal derrotado nas eleições de 2014 e que faz parte desse projeto o enfraquecimento da Petrobras. “Eles se utilizam da crise econômica e da fragilidade política para avançar sobre os interesses do trabalhador e do Brasil”, afirmou.
O deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) também falou aos manifestantes, anunciando que “esta Casa está lotada de entreguistas. Estão dando muito cartaz para Serra, que viaja toda hora para os Estados Unidos, oferecendo nosso patrimônio. Nós não vamos perder a Petrobras para eles”.
A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), também presente ao ato, disse que é fundamental a resistência da população aos retrocessos apresentados em pouco tempo pelo “governo traidor” de Temer.