Morre o diretor de cinema Hector Babenco, aos 70 anos

O diretor argentino radicado no Brasil, Hector Babenco, morreu na noite desta quarta-feira (13), aos 70 anos, em decorrência de uma parada cardíaca. Ele estava internado desde terça-feira (12) no Hospital Sírio Libanês em São Paulo para tratar uma sinusite. Segundo sua filha, a fotógrafa Janka Babenco “ele já estava com o corpo cansado e teve uma parada cardiorrespiratória”.

Hector Babenco - Divulgação

Nascido na Argentina em 1946, Babenco se naturalizou brasileiro em 1977 e deixou uma belíssima contribuição para o cinema nacional. Entre suas obras estão Carandiru (2003), O Beijo da Mulher Aranha (1985) e Pixote: A Lei do Mais Fraco (1981).

Uma das principais obras de Babenco é o Beijo da Mulher Aranha, filme que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de melhor diretor e a Willian Hurt de melhor ator. Concorreu ainda nas categorias de roteiro adaptado e de melhor filme. O elenco contou ainda com Sônia Braga e Raul Julia.

Baseado no livro homônimo de Manuel Puig, o filme tem como plano de fundo a ditadura militar. Se passa em um presídio e retrata a relação de um preso político e um homossexual.

Talvez o filme mais conhecido seja Carandiru, lançado em 2003. A obra denuncia o massacre no antigo presídio da capital paulista que em 1992 deixou 111 mortos.


Cena de Meu Amigo Hindu



A última obra de Babenco foi autobiográfica, Meu amigo hindu retrata, de forma sensível, a história de um diretor com câncer em estado terminal que luta para filmar seu último longa. A história é baseada na experiência pessoal de Babenco que em 1990 fez um transplante de medula para tratar um linfoma. Quem dá vida ao protagonista é o ator norte-americano Willem Dafoe, considerado um dos mais talentosos de sua geração.