Senadora destaca rejeição do povo a Temer e defende eleições gerais 

“Não há legitimidade para o presidente interino usurpador, Michel Temer, continuar no poder. Primeiro, porque entrou pela porta dos fundos; segundo, porque pretende promover uma reforma estruturante do estado brasileiro, retirando direito dos trabalhadores, o que não é aprovado pela maioria do povo brasileiro”, disse a senadora.

Para Vanessa Grazziotin, as manifestações do movimento “Fora Temer” nos estádios e arenas dos jogos das Olimpíadas demonstram a insatisfação do povo com o golpe. “As manifestações e a opinião pública em relação ao que está acontecendo estão aparecendo muito antes até do que imaginávamos”, avalia a parlamentar, citando, além das manifestações públicas, as pesquisas nacionais .

“Recentemente, feita uma pesquisa na cidade de Manaus, constatou-se que, de fato, a Presidenta Dilma ainda está muito mal avaliada perante a opinião pública, mas Michel Temer, hoje, está com uma avaliação pior do que a da Presidenta Dilma; e a grande maioria população – mais de 70% da população – quer a realização de novas eleições”, afirmou Vanessa.

E alertou para os riscos do presidente golpista se manter na Presidência da República. Segundo ela, “Michel Temer vai promover as reformas que um Presidente eleito pela população não teria condições de fazer, como a reforma da Previdência e a reforma do sistema público de saúde.”

Consulta à população

A senadora cobrou de Michel Temer a mesma atitude da presidenta eleita Dilma Rousseff que, diante da crise política, se comprometeu com a realização de um plebiscito no Brasil para que a população brasileira se manifeste sobre a antecipação das eleições. “Por que ele não tem o mesmo espírito de defesa do sistema democrático brasileiro?” indagou a senadora, para quem a solução para o impasse político será a consulta à população.

Para Vanessa, não existe compromisso do presidente ilegítimo Michel Temer e seus aliados em resolver o impasse que ameaça a democracia brasileira, porque “o impasse foi criado por eles próprios. Eles próprios tramaram, até tirar a Presidência da Presidenta Dilma, que foi eleita democraticamente. Então, esse impasse que nós vivemos foi criado por eles para tomar de assalto o poder e aprovar essas medidas antipopulares, contrárias ao direito do povo.”

E criticou o argumento utilizado pelos golpistas para promoverem as reformas: “Essas reformas precisam ser feitas para se controlarem os gastos e as despesas públicas, mas nenhum deles fala da gastança com as taxas de juros recordes no mundo inteiro.”