Mapa da violência contra a Juventude Negra - Reprodução
Para Elizeu o candidato do PSDB pretende seguir à risca para a cidade de São Paulo a cartilha do retrocesso que se estabeleceu em nível federal.
“Trata-se de uma “canetada” que afetaria, diretamente, as chamadas “minorias”, termo deveras equivocado uma vez que tais minorias são a maioria da população”, disse o secretário.
A proposta tucana também se estende para as pastas de Juventude, Políticas para Mulheres, LGBT e pessoas com deficiência.
“Quanto de fato se economizaria e qual seria o custo benefício? E por que ‘cortar’ nestas áreas específicas?”, questionou Elizeu.
Na opinião dele, em nome da contenção de gastos sempre são prejudicados os segmentos que mais necessitam do Estado.
“Se a intenção é melhorar as contas públicas, por que não começamos por debater justiça tributária (ou a falta de) na nossa cidade? Fala-se em nome de quem? Quanto da arrecadação está a serviço do pagamento de juros, por exemplo?”, indagou.
Coordenadoria
O secretário-adjunto também mencionou que a decisão de transformar as secretarias em coordenadorias enfraquece a políticas pública voltada para esse segmento. Para ele, a medida diminui a importância dessas populações para a administração pública.
“(A proposta) é, sobretudo, a demonstração de que impera uma visão política ultrapassada que não reconhece, nas pessoas, o maior potencial de uma cidade como São Paulo”, opinou Elizeu.
O secretário lembrou as desigualdades e violações presentes em São Paulo que contrastam com a riqueza produzida. Citou os dados “vergonhosos” de violência contra a mulher, principalmente mulheres negras.
Mencionou as estatísticas contra a juventude negra e a violência contra a população LGBT. “Temos ainda uma cidade muito carente de acessibilidade para todos os cidadãos e cidadãs com deficiência”, completou Elizeu.
“Estar à frente de uma Prefeitura não é pensar apenas em diminuir gastos. Espero que a população não se deixe levar pela demagogia”, finalizou o secretário.