Renan diz que decisão sobre Dilma não se aplica a Cunha

Na comitiva do presidente Michel Temer para o encontro do G20 na China, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), rebateu, neste sábado (3), as especulações de que a manutenção dos direitos políticos de Dilma Rousseff na votação do processo de impeachment abriria precedentes para que o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) requeresse seus direitos políticos, mesmo em caso de eventual cassação de mandato.

Renan Calheiros

"O caso do Eduardo Cunha não tem nada a ver com isso. Não tem relação com o caso dele nem com o de Delcídio do Amaral (senador cassado). A lei é específica e trata do presidente (da República)", disse Renan, comentando o fato de Dilma ter dito que achou a votação separada do impeachment "estranhíssima". 

Nesta sexta-feira (2), Delcídio do Amaral pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a garantia de "direitos políticos", a exemplo do que foi concedido à Dilma Rousseff na decisão do Senado sobre o processo de impeachment.

A defesa do ex-senador pede, ainda, que o processo que lhe tirou o mandato, em maio, seja reaberto e retomado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.