Premiê grego alerta sobre crise profunda na Europa

Ao argumentar suas advertências, o chefe de Governo assinalou que existe uma confluência entre crise de refugiados, crise de segurança, ameaça terrorista e crise econômica, o que configura um panorama alarmante para a região.

Tsipras criticou as iniquidades atuais entre o norte e o sul da Europa.

"Hoje temos um norte que acumula os excedentes e um sul que sofre grandes déficits. Não existe uma convergência europeia quando se mantém tais divergências", afirmou.

Tsipras estimou necessário limitar as políticas de austeridade como forma de combater o desemprego e respaldar o crescimento.

"Se nós não dermos prioridade ao emprego, a Europa está ameaçada de descomposição, com outros possíveis referendos de rejeição à União Europeia e governos antieuropeus no seio da União", afirmou.

Em referência a seu país, o premiê assinalou que as coisas melhoram pouco a pouco, mas considerou muito necessário que os sócios comunitários aceitem aliviar a dívida dessa nação.

"Se eles recusam avançar neste tema, então será muito difícil para meu país voltar ao crescimento", estimou.

Na crise econômica, a Grécia foi uma das nações europeias que recebeu um resgate das instituições comunitárias e do Fundo Monetário Internacional, em troca da aplicação de fortes medidas de austeridade.

Isso implicou um corte da despesa pública, que provocou uma alta drástica do desemprego, a queda de salários e pensões, bem como a precarização dos serviços sociais como a saúde e a educação.

Para amanhã Tsipras convocou uma cúpula de países da Europa mediterrânea que acontecerá em Atenas e na qual se espera a presença do presidente francês, François Hollande, e do premiê italiano Matteo Renzi.

Fonte: Prensa Latina