Milhares de chineses relembram Mao Tsé Tung nos 40 anos de sua morte

Milhares de chineses foram nesta sexta-feira (9) até o mausoléu onde estão os restos mortais de Mao Tsé-Tung para prestar homenagem ao líder da Revolução Chinesa e fundador da República Popular da China no 40º aniversário de sua morte.

Mao Tse Tung - chineseposter.com

Como todos os dias, uma multidão se reuniu logo cedo em frente ao mausoléu localizado na Praça Tian An Men, no centro de Pequim.

"Eu pensei que o mundo inteiro entraria em colapso [após a morte de Mao em 9 de setembro de 1976]”, disse à AFP a senhora Huang, que viajou para Pequim a partir da distante Shenzhen, no sul do país, apenas para prestar homenagens ao “Grande Timoneiro”.

O Diário do Povo, do Partido Comunista, publicou várias fotos de Mao em seu microblog Weibo, juntamente com uma coleção de algumas das citações mais memoráveis do ex-presidente, inclusive fazendo uma enquete para o público votar na sua favorita.

Mao continua sendo uma figura controversa na atualidade, com um legado importante e igualmente contestado. Muitos chineses afirmam que ele lançou os fundamentos econômicos, tecnológicos e culturais da China moderna, transformando o país de uma ultrapassada sociedade agrária em uma grande potência mundial.

Até hoje, Mao é considerado na China um dos maiores políticos nacionais, um herói, por ter, entre outras coisas, unificado o país em 1949. "Ele é visto como pai do país unificado, como um grande político, e a denominação de 'ditador' não é a que os chineses usam para defini-lo", afirma Barbara Mittler, sinóloga da Universidade de Heidelberg.