Moscou convoca reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU
A Rússia convocou uma sessão de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas para tratar dos ataques aéreos da coalizão liderada pelos EUA contra o Exército sírio neste sábado, que, segundo Moscou, vão enfraquecer o histórico acordo de cessar-fogo que entrou em vigor no início desta semana.
Publicado 18/09/2016 01:52

Os EUA disseram que, inadvertidamente, bombardearam as forças do governo sírio quando pensavam estar alvejando posições do Daesh (autodenominado Estado Islâmico), mas afirmaram que haviam alertado a Rússia a respeito da operação, em uma declaração do Comando Central dos EUA.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia, por sua vez, disse que os EUA e a coalizão não forneceram qualquer aviso prévio a Moscou antes do ataque a Deir Ez-Zor.
O bombardeio, realizado por dois caças F-16 e dois aviões de ataque A-10, deixou 80 soldados sírios mortos.
O Ministério das Relações Exteriores sírio fez eco a Moscou na convocação de uma reunião emergencial para que o Conselho de Segurança possa condenar oficialmente os ataques aéreos da coalizão contra as posições do exército sírio.
A Síria tem sustentado há tempos que os ataques aéreos liderados pelos norte-americanos no espaço aéreo do país são ilegais porque o governo Assad nunca convidou Washington a intervir.
Os ataques acontecem apenas cinco dias após o incício do cessar-fogo mediado pela Rússia e pelos EUA. Em comunicado, Moscou disse que os EUA eram responsáveis pelo colapso iminente do acordo.
Em todo caso, segundo afirmou a chancelaria russa, o fato de as forças dos EUA não conseguirem mirar apropriadamente em seus alvos destaca a necessidade do acordo de cessar-fogo, que apela para que os EUA e a Rússia coordenem enfim os seus ataques.
Fonte: Sputnik