Lula: "Nada nesse mundo vai me tirar de perto do povo do Brasil"

Dando início a viagem a três Estados do Nordeste onde participará de atos políticos para prestigiar candidatos nas eleições municipais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em Barbalha, no Ceará, nesta quarta-feira (21), e comentou a decisão do juiz Sérgio Moro de aceitar a denúncia feita contra ele pelo Ministério Público Federal do Paraná e reafirmou a sua disposição de lutar pelo Brasil.

Lula chegada em Barbalha Ceara - Ricardo Stuckert Filho

“Não pensem que nada nesse mundo vai me tirar de perto do povo do Brasil", afirmou completou: “Fiquem tranquilos, a história vai julgar cada um de nós".

Muito aplaudido, Lula também reforçou que as acusações feitas contra ele não têm fundamento. "E eu olho na cara de cada um e digo: se acharem um real na minha vida, que não for meu, eu não serei mais nada nessa vida", disse.

"Talvez o meu crime tenha sido criar o Bolsa Família, ou de ter colocado o filho do pobre no banco da universidade", completou Lula, que estava acompanhado do governador Camilo Santana (PT) e do deputado José Guimarães (PT-CE).

O ex-presidente afirmou que os procuradores tentam criminalizar o PT e afastá-lo da política em 2018. "Além de afastar Dilma, eles sabiam que tinham que 'cuidar' do Lula. 'Se esse Lula se mete a ser candidato de novo, vai ser ruim pra nós'", enfatizou.

"Cada eleição é hora de inventar uma história. Eles agora querem acabar com o PT. Eles precisam destruir o PT… 13 anos de governo foi demais para eles", salientou.

Lula também apontou a conduta da grande mídia nesse processo do golpe. "Vou contar uma história a vocês: em 2002, quando fui eleito presidente da República, o PT tinha 12% de preferência nacional, em 2011, o PT tinha 34%. Eu acho que aí começou a tentativa de nos destruir, porque nunca na história do Brasil um partido conseguiu ter, estando no governo, conseguiu ter esse apoio", lembrou.

E acrescenta: "Desde 2005 que esse partido apanha, apanha, apanha, de uma imprensa nojenta, mentirosa. A história vai julgar cada um de nós. A história não acontece no mesmo dia".