Lula classifica ação da PF contra Mantega como “operação boca de urna”

Em visita a várias cidades do Nordeste, o ex-presidente Lula concedeu entrevista à Rádio Povo do Ceará, nesta quinta-feira (22), e comentou a prisão do ex-ministro Guido Mantega, enquanto acompanhava a esposa em uma cirurgia para tratamento de câncer em um hospital em São Paulo.

Lula-em-comicio-na-cidade-de-Crato-no-Ceara - Ricardo Stuckert Filho

“Qualquer tese de humanitarismo foi jogada no lixo. Guido é um homem que foi ministro da Fazenda, tem residência fixa e, portanto, as pessoas poderiam tratá-lo como todo ser humano deve ser tratado”, afirmou Lula. E completou: “Parece até que se chama operação boca de urna. Está chegando perto das eleições, eles vêm para cima do PT”.

Lula reafirmou que não teme as investigações e que está à disposição para “dar tanto quanto depoimentos forem necessários no Ministério Público, na Polícia Federal, no Vaticano, na Casa Branca”, mas advertiu: “Acho que há um processo equivocado com um viés político muito forte. Depois de dois anos de investigação, o Ministério Público não pode fazer uma apresentação e terminar dizendo que não tem provas, mas apenas a convicção. Ninguém pode ser julgado apenas com a convicção, a não ser o juiz que deve ter a convicção pelos autos do processo. Fora isso é discurso político”.