Parente prevê Petrobras no topo, mas insiste em abrir mão do pré-sal

Caso se confirmem as expectativas do presidente da Petrobras, Pedro Parente, em três anos, a estatal voltará a crescer para, em cinco , virar a quarta ou quinta maior empresa do setor. Apesar das projeções, Parente voltou a pedir que o Congresso altere a lei do pré-sal, tirando a obrigatoriedade da estatal de explorar todos os campos de petróleo da área. A cada dia, fica mais escancarado o entreguismo da gestão. 

Pedro Parente - Foto: Fábio Pozzebon/Agência Brasil

Parente se reuniu com Temer no Palácio do Planalto e disse que apresentou uma agenda regulatória para o setor que pretende “dar uma resposta rápida em termos de investimentos”. O presidente da estatal também disse que o fim da obrigatoriedade de operar no pré-sal daria uma ganho para a empresa e o país.

"Se somos obrigados a operar todos os campos não vamos ter recursos para isso, o que fará com que a exploração leve um tempo muito mais longo", disse Parente, argumentando também que, para atrair investimentos e gerar riqueza e emprego, é importante que o Brasil tenha “outros players”.

O presidente da Petrobras também disse que a expectativa é que a estatal volte a crescer em três anos para chegar, após cinco anos, a ser a “quarta ou quinta maior empresa do mundo no setor”, prevendo uma produção de cerca de 3,4 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia.

Ontem, em reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Parente disse que a política de conteúdo local, feita para estimular a indústria nacional, foi “mal desenhada” e que ela precisa ser aperfeiçoada para evitar prejuízos para a empresa.

“Tem que ter uma política de conteúdo local e queremos participar desse processo, mas não dá para aceitar uma coisa como essa. Não dá para pagar 40% acima de um preço porque a política foi mal definida, mal desenhada. Essa política é ruim”, afirmou.