Bancários assinam Convenção Coletiva e acordos com BB e Caixa
Lideranças de sindicatos e federações de bancários de todo o país e a Federação Nacional os Bancos (Fenaban) assinaram na tarde desta quinta-feira (13), em São Paulo, a Convenção Coletiva de Trabalho 2016-2018. Foram assinados também os acordos adicionais específicos da Caixa e do Banco do Brasil. Em uma greve que durou um mês e foi considerada uma das maiores da história da categoria, os trabalhadores chegaram a paralisar mais da metade dos postos de trabalho em todo o país.
Publicado 14/10/2016 12:46
O acordo assinado nesta quinta é de dois anos e prevê 8% de reajuste mais abono de R$3,5 mil, em 2016. No vale-alimentação o reajuste proposto é maior, de 15% e no vale-refeição e no auxílio creche/babá é de 10%. Para 2017 haverá a reposição integral da inflação (INPC/IBGE) mais 1% de aumento real nos salários e em todas as verbas. O acordo por 2 anos abrange todas as cláusulas específicas inclusive as Participações nos Lucros e Resultados (PLR) sociais.
A partir de agora, os bancos têm até dez dias para pagar o abono de R$ 3,5 mil, mais a antecipação da primeira parcela da PLR, equivalente a 54% da regra básica da Fenaban, que é de 90% da remuneração base com a situação funcional em 1º de setembro/2016, acrescido do valor fixo de R$ 2.183,53. Tem ainda a parcela adicional de 2,2% do Lucro Líquido apurado no exercício de 2016, distribuído igualmente para todos os empregados.
O Banco do Brasil anunciou que creditará as diferenças e a PLR na noite desta sexta-feira (14). A Caixa paga no dia 20 e o Itaú prometeu acertar tudo no dia 21.
O presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feebbase), Emanoel Souza, e o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, participaram da assinatura dos documentos. O diretor do Seeb Bahia, Fábio Ledo assinou o acordo aditivo do BB.
“Esta foi a negociação mais difícil, mais longa , tensa e exaustiva que já participei. Espero que o novo paradigma de Acordo de 2 anos , permita que nos concentremos nas mesas temáticas e nas pautas específicas de cada banco”, ressaltou Emanoel, da Feebbase, após a assinatura da CCT.