PF faz operação no Senado e Padilha vê "clima de absoluta normalidade"

No dia em que quatro policiais legislativos foram presos em Ação da Polícia Federal, o ministro-chefe da Casa Civil e braço direito de Michel Temer, Eliseu Padilha (PMDB), disse que em evento realizado nesta sexta-feira (21), em São Paulo, por organizações ligadas ao setor de infraestrutura, que o Brasil “vive um clima de absoluta normalidade institucional”, com os três poderes funcionando “com independência e harmonia”.

Eliseu Padilha - Lula Marques

A PF prendeu quatro policiais legislativos acusados de estarem atrapalhando as investigações da Operação Lava Jato. Segundo a denúncia, os policiais legislativos estavam retirando escutas telefônicas que foram instaladas, com autorização judicial, pela Polícia Federal, nos apartamentos funcionais de senadores investigados pela Lava Jato.

Padilha, que foi ministro do governo Dilma Rousseff, também aproveitou para fazer suas análises sobre a economia. Disse que
“enquanto estivemos em recessão, o mundo esteve em desenvolvimento” e que a recessão atual é “a maior crise econômica da história do Brasil”.

Fazendo questão de não citar as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Padilha afirmou que a área de infraestrutura foi negligenciada nos últimos anos.

O minsitro de Temer também disse que o governo tem uma base aliada sólida. Segundo ele, a aprovação da PEC 241 por 366 votos foi uma demostração dessa solidez. E espera que a votação tenha o mesmo resultado no segundo turno da PEC e na reforma da Previdência.

“Se não aprovarmos as duas, o corpo falecerá. Fazendo a reforma do teto e não fazendo a da Previdência, o teto estoura no ano de 2024”, disse ele, enfatizando que a ampla base é a “maior desde o período da redemocratização”.