Em Goiás, movimentos sociais se mobilizam contra a PEC 55/16

Trabalhadores, estudantes e diversos setores da sociedade civil organizada se preparam para enfrentar o Governo Federal contra o desmanche da educação e da saúde

Estudantes, trabalhadores e diversos setores da sociedade intensificam, durante essa semana, as mobilizações contra a aprovação da PEC 55/16 (antiga PEC 241). Aprovada na Câmara por ampla maioria, o projeto segue agora para o Senado Federal, o que deixou movimentos sociais e a sociedade civil organizada em alerta.

Em Goiás, as Centrais Sindicais se organizam para fortalecer duas atividades em especial: um ato em Brasília na próxima quarta-feira (09) e uma grande manifestação no centro de Goiânia no dia 11.

Em Brasília, o objetivo é reforçar uma atividade nacional puxada por diversas categorias contra a PEC. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), está organizando uma caravana com ônibus saindo de Goiânia, Anápolis e entorno de Brasília. Além disso, uma outra caravana promovida pelo SINT-IFESgo (sindicato que representa os trabalhadores da UFG, IFG e IF Goiano), partirá amanhã cedo da capital rumo ao Distrito Federal.

No dia 11 de novembro, Goiânia somará esforços para uma paralisação nacional, realizada simultaneamente em todos os estados. O ato, convocado pelas centrais sindicais, quer reunir forças para barrar uma série de medidas do governo Temer que atacam os direitos dos trabalhadores, como a própria PEC, a Reforma da Previdência, entre outras.

A presidenta da CTB em Goiás, Ailma Oliveira, afirma que o objetivo central é levar duas mil pessoas à paralisação. “Estamos mobilizando e conversando com diversos sindicatos, movimentos sociais e frentes para fortalecermos a nossa luta. Queremos formar uma ampla frente de defesa dos trabalhadores para mostrar para o Governo Federal que ele não terá trégua”, afirmou.

Ocupações

Paralela à movimentação do movimento sindical, estudantes iniciaram, ainda no mês de outubro, uma série de ocupações em diversos Campus e unidades na UFG, IFG e UEG. As reivindicações e agendas são diversas, mas se unificam na luta contra o desmanche da educação e da saúde pública.

A diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Goiás, Déborah Irineu, informou que já são mais de 25 unidades/campus da UFG, IFG, IF Goiano e UEG ocupados em 12 municípios (confira relação no final da matéria).

Déborah ressaltou também a importância das ocupações em todo o país e convidou os movimentos de ocupação a dialogar com a entidade para que o movimento se fortaleça. “A UNE irá realizar uma reunião de sua diretoria nos dias 14 e 15 de novembro e convida todas as ocupações que se interessarem a participar e compartilhar suas experiências. Nosso objetivo é fortalecer ainda mais a luta dos estudantes em defesa da educação e do Brasil”, concluiu.

Para auxiliar no movimento das ocupações, uma ampla frente de advogados se mobilizou para garantir assessoria jurídica, bem como realizar debates e palestras nos locais ocupados. Além disso, o SINT-IFESgo tem apoiado às ocupações com a doação de alimentos.

Relação de unidades/campus ocupados:

UFG
Regional de Jataí
Regional de Catalão
Regional da Cidade de Goiás

Regional de Goiania:
Faculdade de Educação Física e Dança
Cepae
Faculdade de Ciências Sociais
Faculdade de Filosofia
Instituto de Estudos Sócio Ambientais (IESA)
Faculdade de Informação e Comunicação
Faculdade de História
Faculdade de Letras
Faculdade de Artes Visuais
Escola de Música e Artes Cênicas
Reitoria
Faculdade de Enfermagem e Nutrição
Museu antropológico
Faculdade de Educação

Institutos Federais:
Campus de Ceres
Campus de Urutaí
Campus de Luziania
Campus de Formosa
Campus de Goiania
Campus de Anapolis
Campus de Aguas Lindas
Campus de Aparecida de Goiânia