Após a eleição de Trump, peso mexicano despenca

Quando Donald Trump foi anunciado como novo presidente dos Estados Unidos, imediatamente a imprensa mexicana reagiu apreensiva. O jornal El Universal anunciou que a moeda local, o peso mexicano, está “em queda livre”.

Peña Nieto e Trump - AFP

O governo reagiu já na madrugada desta quarta-feira (9), antes mesmo de saber os resultados e as autoridades da área econômica convocaram uma entrevista para acalmar os ânimos do mercado.

A reação se deu porque, durante a campanha presidencial, Trump prometeu aumentar as barreiras alfandegárias entre os dois países e sugeriu cobrar impostos de 35% sobre as importações mexicanas. Isso traria impacto imediato à economia do país vizinho.

Na Bolívia, o presidente Evo Morales reagiu pelo Twitter. Ele disse que nos Estados Unidos “valem mais as armas que os votos” e elogiou as revoluções populares da Venezuela, do Equador e da Nicarágua.

Na Argentina, o jornal de orientação menos progressista La Nacion lembra que o país teve uma relação de altos e baixos com os Estados Unidos: na década de 90, foram mais que próximas. Nos últimos 12 anos, foram distantes. Em março, os argentinos inauguraram uma nova etapa quando o presidente Barack Obama visitou o país para se encontrar com Maurício Macri, que acabava de assumir o poder há três meses. A maioria dos analistas ouvidos considera incerto o futuro com Trump.

No Chile será realizado nesta quinta-feira (10) um seminário sobre os “Novos Desafios da América Latina”, com a participação dos presidentes do Banco Central da Argentina, Federico Sturzenegger, e do Brasil, Ilan Goldfajn, além do ministro da Fazenda chileno, Rodrigo Valdes, e o diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional, Alejandro Werner. O impacto da vitória de Trump – no comércio internacional – provavelmente será incluído na agenda.