Trabalhadores alertam para o desmonte do Banco do Brasil

 O governo de Michel Temer já não esconde para que veio: atender aos interesses do grande capital. Entre as prioridades, a privatização das empresas estatais. Os bancos estão na lista. No Banco do Brasil, o trabalho de desmonte já começou com o anúncio do fechamento de agências e a redução do quadro de pessoal.

Sindicalistas alertam para desmonte do BB

Nesta terça-feira (29/11), os diretores do Sindicato dos Bancários da Bahia percorreram todas as 10 unidades programadas para fechar em Salvador.

Em todo o país, 402 agências encerrarão as atividades. Outras 379 serão transformadas em postos de atendimento e 31 superintendências deixarão de existir.

Paralelamente, a direção da empresa, comandada por aliados de Temer, abriu o programa extraordinário de aposentadoria incentivada. Cerca de 18 mil funcionários podem participar.

O presidente do Sindicado da Bahia, Augusto Vasconcelos, destaca: "Querem esvaziar o banco, cortar empregados, fechar unidades e reduzir as funções, viabilizando os interesses do sistema financeiro, de olho no patrimônio público". O caminho traçado é o mesmo feito pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Sucateia as empresas e depois vende a preço de banana para o grande capital.

O momento é de apreensão, sobretudo para os funcionários. "Não sabemos o que fazer com relação ao fechamento das agências. As vagas vão surgir, mas ninguém sabe como vai ser o processo de realocação", desabafa um bancário. Sem falar na redução drástica do quadro de pessoal.

Vai faltar empregado para atender o público. "Isso prejudica diretamente trabalhadores e clientes, principalmente dos municípios longínquos, que geralmente só têm o BB para atender as demandas", lamenta o estudante universitário, Robson Costa.