Bancários realizam protesto contra Governo Temer e reformulação do BB

“Governo Temer fechou essa agência” dizia a faixa na entrada das agências anunciadas para fechamentono desmonte do Banco do Brasil, em Fortaleza, dentro da proposta do governo golpista Temer. Na última terça-feira (29), estiveram paralisadas as agências Monsenhor Tabosa, Santos Dumont, Lagoa de Messejana, Aeroporto e Dnocs. Os dirigentes sindicais aproveitaram para reunir os funcionários para debater o formato e o prejuízo que essa reestruturação do BB trará, bem como as saídas possíveis.

Bancários realizam protesto contra Governo Temer e reformulação do BB

Nesta semana, diversas ações estão sendo realizadas pelo Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB/CE) em protesto contra a reestruturação do Banco do Brasil, ficando ao lado dos funcionários que serão atingidos pelas medidas apresentadas pelo Banco, assim como orientando-os como resguardar seus direitos.

Na última segunda-feira (28) à noite, a reestruturação anunciada pelo Banco do Brasil, bem como suas implicações nas vidas dos funcionários foi o tema de reunião realizada pelo Sindicato, em sua sede. A maioria presente era público alvo do PEAI e CCP e aproveitou para tirar dúvidas e discutir questões com os diretores do Sindicato, que deram orientações de como garantir direitos. O BB possui 2.575 funcionários no Ceará e destes, 481 são público potencial para adesão voluntária ao plano de aposentadoria.

Desmonte caótico

O desmonte do Banco do Brasil a partir da proposta do governo golpista Temer, de reduzir a presença do Estado, ou seja, garantir o Estado Mínimo, vai desligando pessoas do BB e não mais contratando, o atendimento que é feito às pessoas, que no interior do Estado já é pequeno, vai piorar, pois as agências vão perder funcionários. O BB não terá mais atendimento humano, isso vai acabar. O cliente vai ter que se autoatender. Muitas pessoas idosas pedem ajuda no atendimento e isso, provavelmente, na grande maioria das agências, vai desaparecer.

E pior, as políticas de desmantelamento social do banco estão evidenciadas nos números dessa reestruturação, pois agências serão fechadas pelo País, com redução da presença física do trabalhador. A reestruturação prevê o fechamento de 402 agências, além de uma brutal redução no quadro de funcionários, com um Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI), com extinção de 18 mil postos de trabalho.

Outro fator de receio é que as politicas sociais, que passam por dentro dos bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, tendem a diminuir. Os recursos públicos vão diminuir e isso está acontecendo ao mesmo tempo em que o governo golpistaTemer apresenta projeto de um orçamento menor, de redução de todos investimentos por 20 anos, e os bancos públicos terão reduzidos o seu papel social.

“Essa reestruturação, esse desmonte do BB está na contramão do que o País precisa. Vamos lutar pela valorização dos bancários, pela proteção do emprego, condições dignas de vida e de trabalho, e por um atendimento com respeito à população” , disse José Eduardo Marinho, diretor de Imprensa do Sindicato.

Ações do Sindicato na defesa dos direitos dos bancários do BB

• 28/11 – Reunião na sede do Sindicato com funcionários público alvo do PEAI e CCP;
• 29/11 – Dia Nacional de Luta com paralisação das cinco agências que serão fechadas;
• 30/11 – Reunião no Sindicato com funcionários sobre Novo Plano de Funções e Movimentações (impactos, medidas judiciais e CCP);
• 01/12 – Nova negociação dos Sindicatos com Diretoria de Pessoas do BB, em Brasília;
• 05/12 – Audiência pública solicitada pelo Sindicato, na Assembleia Legislativa do Ceará;
• 10/12 – Reunião com funcionários e delegados sindicais na sede do Sindicato.