Comissão Política do PCdoB-BA discute o cenário nacional de crise
A Comissão Política Estadual do PCdoB se reuniu, nesta segunda-feira (12/12), no Sindicato dos Comerciários de Salvador, quando avaliou o cenário político atual e o papel do partido em meio à crise. Lideradas pelo presidente estadual, Davidson Magalhães, as discussões apontaram para a necessidade de um plano de reestruturação partidária adequado ao novo momento do Brasil.
Publicado 12/12/2016 18:10 | Editado 04/03/2020 16:14
“Devemos lutar em defesa das conquistas sociais e preparar o partido para os novos enfrentamentos, colocando em marcha a campanha de um estruturação partidária. Devemos ter mais protagonismo”, defendeu o presidente. Em relação ao protagonismo, ele adiantou a possibilidade e a necessidade da construção de uma candidatura majoritária para a eleição presidencial de 2018.
Davidson acredita que uma candidatura comunista à Presidência da República é um importante passo na afirmação da identidade dos comunistas. “O partido aponta a possibilidade de uma pré-candidatura para fazer um debate com a sociedade, apresentando as nossas propostas. Um projeto que se contraponha às forças golpistas. Em março discutiremos os possíveis nomes”.
O encontro também tratou dos últimos acontecimentos nacionais, a exemplo dos casos ‘Renan Calheiros x STF’ e delação premiada da Odebrecht, avaliados como muito graves e com capacidade de elevar, ainda mais, a crise no país. Para o presidente do PCdoB-BA, a instabilidade tende a se agravar e o nível de desgaste de Temer pode levá-lo ao afastamento, mas é preciso se atentar para o fato de que as pautas regressivas do governo estão em curso.
“[Apesar da instabilidade do governo Temer,] A agenda regressiva está mantida. O nosso partido deve participar ativamente da resistência ao desmonte da Constituição Federal de 88 e construir as mobilizações de rua contra as reformas regressivas de Temer”, disse Davidson Magalhães.
Delação da Odebrecht
Para Davidson, diante da confusão que se faz a partir da imprensa, que insiste em criminalizar a política, é necessário esclarecer a população sobre a diferenciação entre doações legais e caixa 2 ou propina, na medida em que na época dos fatos registrados a regra era de financiamento por empresa.
De Salvador,
Erikson Walla