Uma carta a Macri pela liberdade de Milagro Sala

Uma iniciativa liderada pela Associação de Comunicadores da Argentina pela Internet (ACAPI) mobiliza, nesta terça-feira (13), organizações políticas e sociais para pedir ao presidente Mauricio Macri a liberdade da líder social Milagro Sala.

Milagro Sala - Radio Universidad de la Plata

Com o título de "Uma carta por Milagro, por um natal sem presos políticos", a campanha percorre a rede para exigir ao Governo a imediata liberdade da também parlamentar do Mercosul, segundo resenha o portal Página 12.

A líder do grupo Tupac Amaru está a mais de 300 dias na Penitenciária de Alto Comedero, em Jujuy, sob acusação de suposta incitação à violência e tumulto por liderar um protesto na província de Jujuy contra as mudanças impostas pelo governador Gerardo Morales no sistema e programa de cooperativas.

A essa causa se somaram outras durante estes meses, como a suposta irregularidade na administração de fundos destinados a construção de moradias e também é acusada da autoria dos delitos de associação ilícita, fraude à administração pública e extorsão.

Há poucos dias outra causa lhe foi imposta, como coautora de homicídio agravado por preço ou promessa remuneratória.

No comunicado, a ACAPI expressa a Macri sua inquietude e crescente preocupação democrática e cidadã perante 'a arbitrária detenção e encarceramento' e 'a consequente negativa de seu Governo, de cumprir com a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem.

É de destacar, afirmam, que não só inumeráveis figuras reconhecidas internacionalmente exigem a libertação da dirigente social, injustamente detida em condições nada favoráveis para sua saúde física e mental, mas que estes pedidos de libertação estão acompanhados do pedido de vários órgãos internacionais.

"Concluímos exortando o espírito democrático e republicano do qual você diz estar incumbido, e a partir do qual deve velar pelos direitos e obrigações de cada um dos habitantes deste território'', aponta a carta.

O Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária das Nações Unidas, o Parlamento do Sul (Parlasul), a Organização de Estados Americanos e outras entidades pediram ao Governo a libertação de Sala. A ONU qualificou sua prisão como arbitrária, em uma resolução apoiada inclusive pelo Parlasul.