Max Altman: Um internacionalista e lutador incansável

O advogado, jornalista e militante comunista Max Altman faleceu nesta segunda-feira (19), aos 79 anos. Vítima de um tumor cerebral diagnosticado há um mês, Max Altman dedicou a sua à luta do povo por uma sociedade mais justa e igualitária.

max altman - Arquivo pessoal

Articulista do portal OperaMundi, Max Altman era uma militante internacionalista e seus textos contribuiram para aprofundar o debate da luta anti-imperialista. O Portal Vermelho era um dos veículos de comunicação que assiduamente publicava suas análises esclarecedoras em momentos de difíceis da nossa conjuntura política e econômica, nacional e internacional.

O secretário de Relações Internacionais do PCdoB e ex-editor do Vermelho, José Reinaldo Carvalho, afirmou que Max Altman era um internacionalista e anti-imperialista convicto, que atuou durante muitos anos nos movimentos de solidariedade aos povos, destacadamente como amigo da Revolução Cubana e da Revolução Bolivariana da Venezuela. Ele lembrou que Altman foi o coordenador do Comitê pela Libertação dos Cinco Heróis cubanos presos em 1998.

“Sua palavra sempre foi uma inspiração e um alento a todos os que lutam pela emancipação nacional e social dos trabalhadores e dos povos”, enfatizou José Reinaldo. E completa: “O Partido Comunista do Brasil inclina as suas bandeiras em homenagem ao querido Max”.

Outro a manifestar pesar pela morte da Max Altman foi o jornalista e coordenador do Centro de Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges. “Max era um amigo afetuoso, um incansável lutador, um exemplo de solidariedade internacionalista. Triste, muito triste”.

“A perda de Max Altman é irreparável. Um homem raro, daqueles que não se fazem mais, dedicou a vida às causas que acreditava. Não teve tempo, portanto, para o egocentrismo tão comum em nossos tempos”, afirmou o jurista e professor PUC de São Paulo, Pedro Serrano.

O velório ocorrerá a partir das 15 horas desta terça-feira (20) na Casa do Povo (Rua Três Rios 252, Bom Retiro, São Paulo). Às 19h30, no mesmo local, haverá homenagem de amigos e, às 21h30, o corpo será levado para o Cemitério de Vila Alpina, onde será cremado e, conforme seu desejo, as cinzas serão jogadas sobre a mureta do Malecón, em Havana, capital de Cuba.