As consequências da guerra em Alepo, Síria

Pouco a pouco começam a conhecer-se as dramáticas consequências de quatro anos de guerra imposta à Síria e, particularmente, em Alepo, segundo dados revelados hoje pelas autoridades. O Departamento Forense do hospital central dessa cidade informou que, de acordo com seus relatórios, 10.760 mil civis morreram nesse terrível período, enquanto os feridos chegaram a 50 mil e os mutilados por explosivos e outros artefatos somam 5 mil.

síria Alepo

Tais cifras são uma compilação com bastante exatidão da zona ocidental de Alepo, onde desde 2012 conviviam aproximadamente mais de um milhão de pessoas e na qual nunca deixou de estar presente o Exército sírio.

Na região oriental da cidade, ocupada pelos grupos terroristas desde a data mencionada, não há ainda nem sequer estimativas, porém se comprovou que os extremistas armados executaram, antes de abandoná-la, 100 soldados sequestrados.

As informações indicam que da parte oriental, a mais destruída, foram retiradas mais de 80 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças, e nunca teve mais de 100 mil civis residindo ali, segundo insistem meios ocidentais de imprensa.

Os últimos extremistas que saíram de Alepo eram, em sua grande parte, extremistas com fuzis, armas que pelas negociações ficavam em seu poder, mas muito poucos civis, se levar em conta as imagens transmitidas pela televisão.

Por outro lado, ainda há vítimas entre a população, após os informes de hoje, sexta-feira, que registraram 10 mortos e uma dúzia de pessoas feridas pela explosão de minas em pelo menos duas edificações.

As autoridades informaram que o trabalho de desminagem continua com a cooperação de especialistas russos, porém, a área a cobrir em toda a cidade abrange cerca de 190 quilômetros quadrados e é uma tarefa difícil, lenta e de muito cuidado.

Em meios de imprensa oficiais sírios não se confirmou a suposta captura de um grupo de assessores estrangeiros, notícia difundida em alguns meios de internet e depois de intensas buscas de revisão e operações de limpeza.

Por outro lado, foi informado que em uma área do oriente de Alepo, unidades do Exército descobriram até agora o maior depósito de munições, que alojava projéteis para tanques e artilharia pesada, fundamentalmente.

Os terroristas de 15 grupos armados, liderados pela Frente para a Conquista do Levante, anteriormente denominada Al Nusra, utilizaram, segundo todas as verificações, escolas, edifícios públicos e até instalações de saúde para armazéns de mantimentos apreendidos da população e como depósitos de armas e munições.