Diante de escalada neoliberal, petroleiros querem prorrogar acordo
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) reuniu-se nesta quinta (5) pela manhã com representantes da Petrobras e apresentou um pedido de prorrogação do acordo coletivo da categoria até 31 de agosto do ano que vem, com reposição de perdas causadas pela inflação no período.
Publicado 05/01/2017 16:17

"A escalada neoliberal instalada, que, entre outros ataques, vem para retirar direitos da classe trabalhadora, norteou a FUP a reivindicar a prorrogação", diz a entidade, que reuniu ontem seu Conselho Deliberativo, formado pela federação e os 13 sindicatos filiados. Segundo a FUP, a conjuntura política "foi ponto central" da avaliação.
Com data-base em 1º de setembro, os petroleiros ainda não fecharam o acordo de 2016. Em novembro, a Petrobras apresentou nova proposta, mantendo os 6% de reajuste no salário básico e na Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR), retroativo a setembro, e acrescentando 2,8% a serem pagos em fevereiro, sem retroatividade. A nova proposta foi rejeitada nas bases da FUP e também da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), com cinco sindicatos filiados.
Além da reivindicação de prorrogar o acordo por dois anos, a FUP insistiu no pagamento de adicional por tempo de serviço para os trabalhadores da Fafen, a fábrica de fertilizantes instalada no Paraná. Segundo os petroleiros, essa questão foi determinante para o encerramento da greve ocorrida em 2015.
Na reunião com a área de recursos humanos da companhia, a federação também propôs que discussões sobre redução da jornada e de salário de setores administrativos sejam remetidas para a comissão interna de regime de trabalho. A empresa ainda não se posicionou sobre as reivindicações apresentadas hoje.
Já a FNP, que também se reuniu nesta quarta, aprovou um calendário de mobilizações que prevê atividades a partir da próxima segunda-feira (9) e durante toda a semana. A entidade pretende organizar um encontro nacional da categoria, informando que vai convidar a FUP.