As prioridades e os desafios de Evaldo Lima, novo titular da Secultfor

Distensionar é verbo urgente no vocabulário de Evaldo Lima, novo gestor da Secretaria da Cultura de Fortaleza (Secultfor). Completando uma semana à frente do órgão, o historiador e vereador reeleito pelo PCdoB conversou com o Vida&Arte e destacou prioridades da sua gestão, apontando também alguns dos desafios que devem nortear seu trabalho na pasta. A primeira ação, ele adianta, é pensar a ocupação dos espaços públicos da Capital com atividades das mais variadas linguagens artísticas.

As prioridades e os desafios de Evaldo Lima, novo titular da Secultfor

 “A gente tem uma responsabilidade grande que é distensionar, que é procurar os artistas. Eles não precisam nem vir a mim, eu pretendo procurá-los e já estou tentando construir relacionamentos”, afirma Evaldo, argumentando querer ter o debate como principal prática da gestão. “É importante um diálogo profícuo com as várias linguagens, com os vários fóruns, os conselhos, os nomes de referência na inteligência cearense e na academia”, enumera.

Apesar de preferir não antecipar prazos das entregas de equipamentos e de início de projetos, o gestor confirma ter alguns encaminhamentos. “Temos as duas bibliotecas, do Autran Nunes e do Conjunto Ceará, que estão praticamente prontas. Falta ali só a mobília, completar o acervo. (Os equipamentos) vão cumprir um papel extraordinário numa área de vulnerabilidade e de risco”, projeta, afirmando que a Secultfor entregará as bibliotecas ainda no primeiro semestre de 2017.

Já a Biblioteca Pública Municipal Dolor Barreira, que, segundo anunciou o secretário anterior, Magela Lima, mudaria de endereço até fevereiro de 2016, continua sem data para a mudança. Evaldo pontuou que a Dolor vai para outro prédio, também na Avenida da Universidade e o prédio antigo será todo uma gibiteca. O acervo que atualmente ocupa somente uma sala será ampliado e o espaço se tornará a Gibiteca Luiz Sá, em homenagem ao artista cearense que criou os personagens Reco-Reco, Bolão e Azeitona. Enquanto isso, o Teatro São José tem futuro ainda mais incerto. “A obra começou efetivamente há oito meses e, apesar de não estar no ritmo que precisa, não está parada”, diz.

Passado o Ciclo Carnavalesco, ele afirma, a prioridade será o lançamento de um edital de incentivo às artes voltado à ocupação de espaços públicos. “A prioridade fundamental é a ocupação das praças e dos espaços públicos, numa ação cultural de parceria com a iniciativa privada”, afirma, completando: “Vamos descentralizar ações de cultura e chegar nas regiões mais afastadas”.