Em resposta aos EUA, Irã vai impor sanções aos norte-americanos

O governo do Irã protestou nesta sexta-feira (03) contra as novas sanções impostas pelos Estados Unidos ao país nesta tarde, acrescentando que também irá impor restrições legais contra indivíduos e entidades norte-americanas que “auxiliam e financiam grupos terroristas locais”.

Chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif

As novas sanções de Washington contra Teerã “não são compatíveis com os compromissos dos Estados Unidos e com a resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU que aprovou o acordo nuclear entre Irã e outras seis potências”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores iraniano em comunicado.

“Em retaliação às sanções dos EUA, o Irã irá impor restrições legais a alguns indivíduos e entidades envolvidas em auxiliar e financiar grupos terroristas regionais”, acrescentou.
No começo da tarde desta sexta-feira, o Departamento do Tesouro dos EUA penalizou 13 indivíduos – três cidadãos da China, dois dos Emirados Árabes e oito iranianos – e 12 empresas como parte das sanções contra o Irã.
Agência Efe

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“O contínuo apoio do Irã ao terrorismo e o desenvolvimento de seu programa de mísseis balísticos representa uma ameaça à região, a nossos parceiros em todo o mundo e aos Estados Unidos”, declarou John Smith, diretor em exercício do Escritório de Controle de Fundos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos EUA.

Ele acrescentou que Washington não hesitará em aumentar a pressão e as restrições contra o Irã para combater o que classificou como “atividade maligna iraniana”.

Os EUA sustentam que o teste com um míssil balístico realizado pelo Irã na última segunda-feira (30/01) consiste em uma violação da resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, que estabelece como uma das regras do acordo nuclear que está vetado ao país “realizar qualquer atividade relacionada a mísseis balísticos”.

“Nunca iniciaremos uma guerra, mas podemos nos apoiar somente em nossos meios de defesa”, declarou Javad Zarif, ministro das Relações Exteriores do Irã, sobre o teste.
O ministro da Defesa iraniano, o general Hossein Dehqan, afirmou que Teerã “não irá permitir interferência estrangeira” nas questões de defesa do país e salientou que “o teste não violou o acordo nuclear ou a resolução 2231”.