Protestos anti-Trump, nos EUA, marcam final do Super Bowl

Comunistas. Socialistas. LGBT. Foi como um ponta pé inicial para o grande jogo que ocorreu no Super Bowl.

Um grupo que marchava em apoio aos direitos da água e da terra ruma a reserva Rock Standing, em Dakota do Sul, convergiu com membros da marcha anti-Trump. De repente, as pessoas com cartazes que diziam "eu trocaria 1 Trump por 60 mil muçulmanos" e "Deporte Trump de volta para o espaço sideral" estavam juntos.

"Nós apoiamos o Standing Rock", eles berravam.

Foi o culminar de ativismo social durante uma semana de Super Bowl sem precedentes, quando as políticas e estilo controversos do presidente Trump deixaram a sua marca na festividade.

Repórteres pressionaram o jogodor do New England Patriots Tom Brady e o treinador Bill Belichick a falar sobre sua relação com Trump. Outros jogadores foram perguntados se iriam à Casa Branca se sua equipe vencesse. Os manifestantes, ao contrário da maioria dos jogadores, expressaram-se diretamente e em voz alta.

Mais de cinco horas antes do Super Bowl, os protestos anti-Trump começaram.

Ao meio-dia, cerca de 500 pessoas se reuniram para uma marcha a partir de Hermann Park. Uma hora depois, a multidão tinha dobrado de tamanho. Eles gritavam: "Hey, hey, ho, ho, Donald Trump have go (tem que ir)."

A menos de 30 metros de distância, 15 policiais a cavalo foram alinhados, e um helicóptero circulou. Os grupos que participaram da marcha que seguiu uma rota de duas milhas para o estádio também incluíam Black Lives Matter e o partido democrata local.

Entre os manifestantes estava Jane McEldowney, 62, advogada e profissional de saúde mental licenciada de Houston. Disse que começou a juntar-se aos protestos logo após a eleição presidencial em novembro.

"Eu fui inspirada por Donald Trump, mas não como ele pretendia."

Os protestos foram pacíficos e Lane Lewis, de Houston, presidente do Partido Democráta do Condado de Harris, considera que o dia foi um sucesso.

"Queríamos ter certeza de que aproveitamos a oportunidade para deixar o mundo saber que não estamos satisfeitos ou satisfeitas com as coisas que a Casa Branca está fazendo '', disse Lewis.