Conselho das entidades da CNTE reafirma defesa da educação pública

Começou na quinta-feira (16), em Brasília, o 2º Conselho Nacional das Entidades, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Com a participação de 30 entidades de todo o país, a reunião termina nesta sexta-feira (17).

Conselho das entidades da CNTE reafirma defesa da educação - CNTE

“As entidades estão se posicionando frente aos ataques à educação e às conquistas sociais e trabalhistas, efetuados pelo governo golpista de Michel Temer”, diz Isis Tavares, presidenta da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Amazonas (CTB-AM).

Para ela, que também é dirigente da CNTE, “a (leia mais aqui) e o projeto Escola Sem Partido (saiba mais aqui) acabam com qualquer perspectiva de uma educação democrática, plural, que valorize os profissionais e respeite os jovens e as crianças em seus anseios e necessidades”.

Aliás, diz Tavares, “acabar com qualquer possibilidade de uma educação pública de qualidade faz parte da tática golpista para minar a resistência à opressão”. O vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana falou no evento sobre a conjuntura nacional.

"Temos que construir um movimento amplo de resistência para enfrentar esse governo ultraliberal”, afirma Santana. Ele complementa assinalando que “devemos ter a capacidade de atrair e incorporar os setores da sociedade atingidos pela política de desmonte do Estado brasileiro e pelo corte dos direitos conquistados".

Tavares lembra que as entidades reunidas fortaleceram a realização da greve geral nacional marcada para o dia 15 de março no último congresso da CNTE. “Debatemos ainda a reforma da Previdência e trabalhista, que pretende nos forçar a trabalhar até morrer”, enfatiza.

De acordo com a dirigente, os profissionais aceitaram com mito bom grado a incorporação pelas centrais sindicais da paralisação do dia 15 de março. Lucia Marina dos Santos, do Movimento dos Sem Terra (MST) diz que "A cada dia, há maior concentração da riqueza, aumento da pobreza”.

Já Tavares acredita que “um dos pilares do golpe é frear o debate nas escolas sobre todas as questões que podem elevar o nível de criticidade da juventude, com elevação do conhecimento da nossa história e assim crie uma maior identificação com a nação”.