Iniciativa “Um Cinturão, Uma Rota” tem margem de progresso no futuro

De acordo com os dados mais recentes emitidos pelo Ministério do Comércio da China, em janeiro de 2017, os investidores domésticos realizaram projetos de investimento em 983 empresas no exterior, em 108 países e regiões, acumulando um total de capital investido de 53,27 bilhões de iuanes (7,73 bilhões de dólares).

Por Zhang Huizhong, no Diário do Povo

Área abrangida pela iniciativa "Um Cinturão, uma rota"

Comparando com o mesmo período de 2016, é possível observar que o investimento estrangeiro da China continua a subir rapidamente, amparado por uma estrutura de investimento mais otimizada, pelas indústrias emergentes e por uma proporção de investimento focada nos setores manufatureiros, de informação e serviços mais expressiva.

A cooperação no âmbito do investimento externo em janeiro deste ano, indica que a economia real e as indústrias emergentes são o foco das atenções, sendo que o investimento face ao período homólogo do ano transato na indústria manufatureira aumentou em 79,4%. Em termos globais do investimento estrangeiro, o investimento na manufatura obteve um peso de 37,5%, em contraponto com os 13,4% do ano passado. O setor de transmissão de informação, software, e serviços de tecnologias da informação, testemunhou um aumento de 33,1% face ao ano transato. Em termos globais do investimento estrangeiro, este setor ocupa agora 11,5% do total, face aos 5.6% em termos homólogos.

Os dados relativos a janeiro demonstram que o ímpeto de projetos de empreitada chineses no estrangeiro apresenta uma fase positiva. A China assinou 50 novos contratos nesse mês, sendo cada um deles fora avaliado em mais de $50 milhões. O valor total dos 50 contratos foi de $9,46 bilhões. Esses $9,46 bilhões correspondem a 79% do total dos novos contratos (tanto mais de 50 milhões como menos).

Desde que o presidente Xi Jinping propôs a iniciativa “Um Cinturão, Uma Rota” em 2013, mais de 100 países e instituições internacionais apoiaram o projeto, sendo que, igualmente, mais de 40 países e instituições assinaram acordos de cooperação com a China.

O ex-ministro do Comércio da China, Gao Hucheng, disse no dia 21 em declarações à imprensa que, mesmo com a demanda de mercado internacional a cair, as importações e exportações da China durante o ano de 2016 totalizaram 6,3 trilhões de iuanes (cerca de 914,4 bilhões de dólares), um aumento de 0.6% em termos homólogos. Nos países abrangidos pela iniciativa “Um Cinturão, Uma Rota”, foram firmados contratos no valor de 126 bilhões de dólares, um aumento de 36%.

Em janeiro de 2017, a China manteve um papel ativo nos países inseridos na iniciativa suprarreferida. O investimento não financeiro perfez 10,6% do total de investimento estrangeiro, representando um aumento de 2,1% face ao ano de 2016. Atualmente, as empresas chinesas estão presentes em 56 zonas de cooperação comercial em 20 países abrangidos pela iniciativa “Um Cinturão, Uma Rota”. O investimento acumulado é de mais de US$ 18,5 bilhões, o que se reflete numa coleta de impostos no país de destino na ordem de US$ 1,1 bilhão e na criação de 180,000 postos de trabalho.

De acordo com Gao Hucheng, em maio deste ano, a China irá organizar em Pequim a cúpula de cooperação internacional “Um Cinturão, Uma Rota”. Trata-se da primeira vez que a China realiza um evento desta magnitude em torno da iniciativa. Os analistas averbam o projeto chinês como uma importante plataforma de governança económica de escala mundial, e dizem acreditar que a margem de progressão para o futuro é vasta.