China rejeita crítica dos EUA sobre direitos humanos

A China questionou na segunda-feira as conclusões de um relatório sobre direitos humanos dos Estados Unidos e advertiu contra o uso da questão dos direitos humanos para interferir nos assuntos internos da China.

Geng Shuang, porta-voz da chancelaria chinesa

O Departamento de Estado dos EUA divulgou na sexta-feira um relatório anual sobre os direitos humanos no mundo, apontando o dedo para a China e alguns outros países.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, expressou firme oposição ao "Relatório Nacional 2016 sobre Práticas dos Direitos Humanos", apontando que o documento estava cheio de acusações infundadas e de preconceitos.

A China apresentou representações solenes ao lado norte-americano, indicou Geng em uma entrevista coletiva.

Ele disse que qualquer um sem preconceito político sobre a situação dos direitos humanos da China não negaria as melhorias notáveis desde a fundação da República Popular da China.

A China defende que os países devem dialogar e realizar intercâmbios uns com os outros sobre os direitos humanos com base na igualdade e respeito mútuo, segundo Geng.

Ele pediu que os EUA observem a situação dos direitos humanos da China de forma objetiva e justa e que parem de usar a questão para interferir nos assuntos internos da China.

Em relação às acusações do relatório sobre a situação dos direitos humanos nas regiões administrativas especiais de Hong Kong e de Macau, Geng rejeitou as falsas acusações e destacou que os EUA não têm o direito de intervir nos assuntos internos da China.

A partir do retorno de Hong Kong e de Macau, a política de "Um País, Dois Sistemas" e a Lei Básica foram implementadas abrangentemente, e os moradores dessas duas regiões desfrutam de direitos e liberdades plenas de acordo com a lei, afirmou o porta-voz.

Todos esses fatos são bem estabelecidos e não podem ser questionados, acrescentou.