Política migratória de Trump é rechaçada nas ruas dos EUA

Diferentes vozes nos Estados Unidos uniram-se ao constante repúdio pelo novo decreto sobre imigração do presidente Donald Trump, que, a julgamento de muitos, é tão injusto quanto o precedente, assinado no último dia 27 de janeiro.

Protesto antipolíticas migratórias aprovadas pela administração Trump nos Estados Unidos

Diferente do anterior, a disposição assinada na véspera pelo chefe de Estado excluiu o Iraque de uma lista de países de maioria muçulmana cujos cidadãos não poderão receber visto durante 90 dias.

A medida, rechaçada dentro e fora do território norte-americano por políticos, artistas, intelectuais e gente comum, mantém-se para os cidadãos do Irã, Somália, Iêmen, Líbia, Síria e Sudão.

O decreto mencionado, em vigor a partir do próximo dia 16 de março, também impede a entrada nos Estados Unidos de refugiados por um período de quatro meses.

"Nosso sentimento não mudou: o veto migratório do presidente Trump é injusto e equivocado, seguiremos lutando pelos afetados", manifestou a empresa Uber, conhecida por seu software para oferecer a clientes um sistema de transporte particular.

Continuaremos falando e agindo, apontou Logan Green, presidente executivo da Lyft, uma empresa de redes de transporte com operações em 200 cidades dos Estados Unidos.

Segundo Green, representantes de sua entidade preveem se reunir no final desta semana com a União Americana de Liberdades Civis, cuja intenção é continuar combatendo a ordem de Trump nos tribunais.

Na opinião de Brian Chesky, cofundador e diretor do portal Airbnb, para aluguel de moradias, "proibir as pessoas de entrar nos Estados Unidos simplesmente por seu lugar de origem foi uma decisão equivocada na primeira vez e ainda continua sendo assim".

Por sua vez, meios de comunicação locais registraram protestos em diferentes cidades como demonstração do descontentamento popular ante a política migratória de Trump.