Chico Lopes aciona Procon Fortaleza contra cobrança de bagagens aéreas

A cobrança extra por bagagens aéreas, com o fim da franquia que permitia aos passageiros viajar com até 23 kg de bagagem, sem cobrança, confirmado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e já anunciado para ser colocado em prática, é tema de questionamento no Procon Fortaleza.

Cobrança por bagagens em voos pode ser questionada na Justiça - Agência Câmara

Ofício sobre ações contra essa cobrança foi apresentado na última sexta-feira (10), no Procon Fortaleza, pela equipe do mandato do deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE), integrante da Comissão de Defesa do Consumidor, da Câmara dos Deputados.

No ofício, o deputado pede informações sobre as ações do Procon Fortaleza para combater a cobrança e defender o consumidor. "O objetivo é unirmos forças contra essa cobrança, que não tem o menor sentido. Como é que pode o consumidor pagar a mais por algo a que ele já tem direito atualmente?", questiona o deputado.

"Qual o serviço extra que as companhias passariam a prestar, para justificar uma nova cobrança, em cima da bagagem?", aponta Chico Lopes, citando que é grande a mobilização da sociedade para impedir a mudança e garantir a continuidade do direito a despacho a 23 kg de bagagem, por pessoa, para voos nacionais e 32 kg para voos internacionais.

"O preço das passagens aéreas no Brasil decolou há muito tempo. Atualmente até os lanches a bordo são cobrados. Os preços das passagens, de um modo geral, subiram bastante, com as empresas praticamente escondendo essa elevação com promoções nos finais de semana, que são ilusórias, porque vêm com várias e várias restrições", acrescenta o deputado Chico Lopes, chamando atenção para o fato de o consumidor brasileiro ainda ser penalizado com passagens aéreas muito caras e com distorções no sistema.

"Muitas vezes, é mais barato ir de Fortaleza pra Argentina que de Fortaleza pra Aracaju ou João Pessoa", exemplifica. "O consumidor não vai aceitar pagar mais essa tarifa. Parece que no governo Temer a mala de maldades está realmente aberta", aponta o deputado. "Chamamos a sociedade e os diversos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon Fortaleza, a reagir contra essa medida, que é inaceitável. Juntos, podemos derrubar essa cobrança".