Dilma: "Fim do sigilo chega tarde e prejudicou a defesa no TSE"

Por meio de nota, a presidenta eleita Dilma Rousseff criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de quebrar o sigilo dos depoimentos de João Santana e Monica Moura, liberados nesta quinta-feira (11), um dia após o depoimento concedido pelo ex-presidente Lula ao juiz Sergio Moro. A presidenta disse que sua defesa foi cerceada com a decisão.

Dilma - Reprodução

"Infelizmente, chega tarde a decisão do relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin, suspendendo o sigilo dos depoimentos de João Santana e Monica Moura", afirma Dilma em nota, reforçando que há semanas, a defesa havia feito tal pedido ao Tribunal Superior Eleitoral, "a fim de apresentar suas alegações finais ao relator do caso das contas de campanha, ministro Herman Benjamin".

"A defesa foi prejudicada pela negativa do relator. Não foi possível cotejar os depoimentos prestados pelo casal à Justiça Eleitoral e na Lava Jato", reforça.

Dilma ainda repeliu os vazamentos seletivos que, de acordo com a nota, transformou-se em rotina. "As contradições e falsos testemunhos foram vislumbrados, apesar disso, pelo que foi divulgado amplamente pela imprensa, na velha estratégia do vazamento seletivo dos depoimentos – uma rotina nos últimos tempos. Agora mesmo, os depoimentos são entregues à imprensa, mas não repassados oficialmente à defesa da presidente eleita.

Dilma, contudo, reitera o que apontou antes que "João Santana e Monica Moura prestaram falso testemunho e faltaram com a verdade em seus depoimentos, provavelmente pressionados pelas ameaças dos investigadores".

"Apesar de tudo, a presidente eleita acredita na Justiça e sabe que a verdade virá à tona e será restabelecida", finaliza.