MST pede a libertação de todos os presos políticos palestinos

O Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) lançou uma nota defendendo que Israel seja obrigado a cumprir a Resolução 194 da ONU, que garante o direito de todos os refugiados palestinos retornarem para suas terras. Desde o último dia 17, mais de 1300 prisioneiros palestinos iniciaram uma greve de fome coletiva por tempo indeterminado.

Palestina

Confira a íntegra da nota: 

Neste 15 de maio lembramos das famílias palestinas que foram expulsas de suas casas, vilas e aldeias em 1948, quando foi criado o chamado Estado de Israel.

A Palestina estava sob ocupação militar britânica desde 1918. Os palestinos queriam uma pátria livre e um Estado Laico e Democrático. Mas entre 1897 e 1947 um poderoso movimento colonialista e racista chamado sionismo, com amplo apoio do imperialismo inglês e estadunidense, foi tomando as terras e construindo um exército na Palestina. Grupos terroristas sionistas como Irgun, Haganah e Stern atacaram aldeias e mataram civis palestinos entre 1939 e maio de 1948.

Esses e outros grupos terroristas se uniram e deram um golpe de Estado entre 14 e 15 maio de 1948, criando, de maneira ilegal e contra a vontade da maioria da população local, o Estado de Israel. Criado por um movimento colonialista e em terras palestinas, o surgimento dessa entidade sionista é a origem do conflito atual. Entre 15 de maio e dezembro de 1948 531 aldeias palestinas e 11 bairros palestinos urbanos foram destruídos. Entre 1948 e 1949 850 mil famílias palestinas foram expulsas pelo então criado Exército de Israel. Começou a Al Nakba (“A catástrofe”), com milhares de refugiados sendo obrigados a deixar a sua pátria.

O MST defende que Israel seja obrigado a cumprir a Resolução 194 da ONU, que garante o direito de todos os refugiados palestinos retornarem para suas terras. O povo palestino tem o direito de lutar contra a ocupação de suas terras, e de usar de todos os meios assegurados pelo direito internacional e pela história dos movimentos de libertação nacional para que um dia sua pátria possa desfrutar de uma verdadeira situação de soberania, independência e autodeterminação, como orienta a Carta das Nações Unidas.

O MST faz parte da Campanha Global pelo Retorno a Palestina, que esteve reunida em Beirute/Líbano nos dias 1, 2 e 3 de maio, e reafirmou como prioridade a luta em defesa dos refugiados palestinos em qualquer parte do mundo, e também deu destaque para a atual greve de fome dos prisioneiros palestinos em cárceres israelenses, iniciada em 17 de abril. Nossa total solidariedade aos prisioneiros palestinos, que colocam sua vida em risco para defender o seu povo e a sua pátria.

Nós, do MST, pedimos que todas as organizações e movimentos da classe trabalhadora do Brasil, da América Latina e do mundo façam um grande esforço para divulgar, apoiar e lutar junto com os prisioneiros palestinos. Temos que fazer debates em escolas e universidades, manifestações em ruas e praças públicas, atos em consulados e embaixadas de Israel e outras atividades para dar voz a esses homens e mulheres que lutam por justiça, liberdade e independência nacional.

Todos os partidos e organizações palestinas estão unidos na luta dos prisioneiros. Greve de fome por liberdade imediata das crianças, das mulheres e dos doentes.

Greve de fome pela liberdade de todos os presos políticos!

Viva a luta do povo palestino!
Viva a Campanha Global pelo Retorno a Palestina!
Liberdade para todos os presos políticos palestinos!
Até a vitória, venceremos!