Julian Assange celebra sua vitória na justiça sueca
O fundador do site Wikileaks, Julian Assange, celebrou a retirada, nesta sexta-feira (19) das acusações contra ele feitas pela justiça sueca, durante um discurso na embaixada do Equador em Londres.
Publicado 19/05/2017 18:22
“É uma vitória importante para mim”, disse Assange, que se encontra refugiado na embaixada desde junho de 2012 para evitar sua extradição à Suécia, onde era acusado de supostos delitos sexuais.
“A inevitável investigação do que ocorreu neste tempo de terrível injustiça é algo que espero que seja mais que meu (…), porque a realidade é que a detenção e a extradição sem acusações se converteram em uma característica da União Europeia”, denunciou.
“O caminho está longe de terminar (…), a guerra mal está começando”, expressou o fundador de WikiLeaks apesar da decisão da justiça sueca, pois a Polícia britânica assegurou que o deterá se sai da embaixada sul-americana por violar sua liberdade condicional quando se refugiou aí em 29 de junho de 2012.
Um conflito legal com os Estados Unidos e o Reino Unido continua, acrescentou. Também disse que pelo momento permanecerá dentro da embaixada e que procura o diálogo com servidores públicos britânicos e estadunidenses para avançar no processo. Também, denunciou que Reino Unido se nega a confirmar ou negar se uma ordem de extradição estadunidense já se encontra em território britânico.
“Ainda que foram comentários extremamente ameaçadores nos Estados Unidos, sempre estou disposto a um diálogo com o Departamento de Justiça sobre o ocorrido” expressou o ciberativista em alusão aos milhares de documentos confidenciais que WikiLeaks vazou sobre a segurança nacional norte-americana.
“Os recentes comentários do Promotor geral dos Estados Unidos e o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) demonstram a óbvia necessidade de asilo de Assange”, disse a The Guardian, Barry J Pollack, advogado representante do jornalista australiano nesse país.
O Reino Unido não tem nenhuma base legítima para interferir na decisão legal do Equador, acrescentou.
Em 27 de abril, Sessions disse que a detenção do fundador de WikiLeaks é agora uma “prioridade” para seu país, enquanto Mike Pompeo, diretor da CIA descreveu o lugar como um “serviço de inteligência hostil”.