Paulo Fonteles é ameaçado após denunciar latifúndio e milícia no PA

A violência generalizada que tomou conta do Estado do Pará provocou o exílio do ativista paraense em direitos humanos Paulo Fonteles Filho. Paulinho saiu de Belém há duas semanas porque foi avisado que seria assassinado. Ele denunciou que agentes da segurança pública do Estado e a segurança do latifúndio se articularam em um consórcio, que é o responsável pelas mortes na Capital e também na chacina de Pau D’Arco, onde foram assassinados 10 trabalhadores rurais.

Por Railídia Carvalho

O ativista é filho do advogado de trabalhadores rurais Paulo Fonteles, assassinado há 30 anos no Pará por pistoleiros contratados por um grupo de latifundiários. Em entrevista ao Portal Vermelho, nesta quarta-feira (7), Paulinho afirmou que este velho latifúndio está articulado agora com grupos milicianos que agem na periferia de Belém provocando tragédias.

Na terça-feira (6) ocorreu a quarta chacina na capital paraense neste ano. Homens encapuzados atacaram a tiros um bar que transmitia um jogo de futebol no bairro da Condor, na periferia. Cinco pessoas foram mortas e mais de 10 pessoas foram feridas, entre as vítimas estavam duas crianças.