Publicado 12/06/2017 19:23

Bancários de diversos países fizeram manifestações, nesta segunda (12), contra as atuações do banco Santander no Brasil, Estados Unidos, Espanha e Porto Rico. Sete ex-diretores de alto escalão do banco são investigados na Espanha por suposta lavagem de dinheiro e serão ouvidos pela Justiça, nesta segunda.
Com sede na Espanha, o Santander é o maior banco da zona do euro. No Brasil, a empresa teve um lucro recorde de R$ 2,280 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Os bancários brasileiros programaram atos em duas sedes da instituição, ambas localizadas na zona sul de São Paulo. Eles protestam contra a extinção de empregos: foram 3.245 postos de trabalho eliminados em doze meses e 327 apenas nos primeiros três meses deste ano.
Em Barcelona, trabalhadores protestaram após a denúncia contra o Santander. Com cartazes, eles afirmaram que as fraudes da instituição impactam na vida dos espanhóis. Algumas agências foram fechadas.
Nos Estados Unidos, os trabalhadores denunciaram práticas antissindicais – o banco espanhol proíbe seus funcionários de se filiar a sindicatos. "A forma como o Santander age nos países onde atua envergonha os trabalhadores do banco. Não podemos tolerar que uma instituição financeira desse porte, que lucra tanto nesses países, perpetue modelos abusivos, antidemocráticos e economicamente devastadores", critica a presidenta da UNI Finanças Mundial, Rita Berlofa.
Em Porto Rico, os bancários protestaram contra o banco porque, segundo eles, "o Santander é um dos principais responsáveis pela crise que destrói a economia e agrava a pobreza" – a referência é à capitalização de juros da dívida pública, idealizada pelo ex-diretor do Santander, Carlos Garcia, do qual o banco espanhol é um dos principais beneficiários.