Assange completa 5 anos retido na embaixada do Equador em Londres

Nesta segunda-feira (19), faz cinco anos que o criador do WikiLeaks, Julian Assange, recebeu asilo político na embaixada do Equador na capital britânica, evitando, deste modo, sua extradição para os Estados Unidos e detenção.

Julian Assange na embaixada do Equador - EPA

No verão de 2010, na Suécia começou um processo judicial contra Assange, iniciado pela demanda de duas mulheres por assédio sexual. O fundador do WikiLeaks negou seu envolvimento nestes crimes – dos quais foi absolvido recentemente –, mas a Justiça sueca emitiu um mandado de captura do ativista à época.

Passados dois anos, Assange pediu asilo político às autoridades equatorianas, por medo de ser extraditado aos EUA devido às suas atividades de vazamento de informações. A embaixada equatoriana em Londres lhe garantiu asilo por prazo indeterminado, em 19 de junho de 2012.

Em 19 de maio do ano corrente, o Ministério Público sueco suspendeu o processo judicial contra Assange. No entanto, a polícia de Londres afirmou que, caso saia da embaixada, ele será detido. O motivo para isso será o mandado que continua vigente, emitido pelo Tribunal de Magistrados de Westminster após Assange ter recusado se entregar às autoridades judiciais em 29 de junho de 2012.

Ao longo dos cinco anos de Assange na embaixada equatoriana, o ativista nunca saiu à rua. O “mais longe” que chegou foi na varanda do prédio para falar com a imprensa. Porém, o fundador do WikiLeaks nunca parou de trabalhar, de publicar matérias novas da organização e de se comunicar com seus apoiadores, além de receber pessoas para projetos e reuniões políticas.

Além disso, se destaca que Assange faz os depoimentos às autoridades judiciais sem sair do edifício. Os advogados e partidários do ativista expressam preocupação pela sua saúde, que ficou significativamente abalada devido à falta de ar fresco, passeios e luz solar.