Nova Central debate luta contra reformas e prepara Ocupa Senado

Com o tema "Desenvolvimento com Justiça Social – Sem Nenhum Direito a Menos", a Nova Central Sindical de Trabalhadores iniciou nesta segunda-feira (26) em Luziânia (GO), entorno de Brasília, seu IV Congresso Nacional. O evento, que segue até esta quarta-feira (28), reúne cerca de mil dirigentes sindicais e trabalhadores na indústria, transporte, turismo e hospitalidade, educação e cultura e servidores públicos de todo o País.

IV congresso nova central

Os temas em debate focalizam a atual conjuntura social, política e econômica, com destaque ao enfrentamento da pauta neoliberal do governo Temer – que tem como carro-chefe as reformas trabalhista e da Previdência, além da terceirização irrestrita.

A palestra de abertura foi proferida pelo diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, que abordou a conjuntura do mundo do trabalho. Ele destacou que o desenvolvimento do Brasil foi possível “porque temos a CLT como base que regula o trabalho produtivo”. “Ao desmontar a leis que regulam e equilibram as relações do trabalho, desmontaremos a própria cadeia produtiva”, alertou.

Também foram convidados a debater temas conjunturais a auditora aposentada da Receita Federal, Maria Lúcia Fatorelli; e o economista e professor da Unicamp, Marcio Pochmann.

O secretário-geral da entidade e presidente da Confederação do setor de Turismo e Hospitalidade (Contratuh), Moacyr Roberto Tesch, destaca que o evento tem uma missão desafiadora. “O IV Congresso acontece em momento importante para solidificar a história da Central e, principalmente, seu posicionamento político forte ante as reformas e tentativas de desmonte do movimento sindical”, diz.

A Agência Sindical conversou nesta segunda com o presidente da Nova Central São Paulo, Luiz Gonçalves (Luizinho), que reforçou o papel do Congresso na luta contra o ataque aos direitos trabalhistas e previdenciários.

"Vamos agilizar os trabalhos aqui no Congresso. Estamos acelerando as discussões, para que dia 28 (quarta) possamos marcar presença em peso no Ocupa Senado. Vamos nos preparar para amarelar a CCJ e senadores, mostrando a força do trabalhador", afirma Luizinho. A Comissão de Constituição e Justiça vota quarta (28) o parecer sobre a reforma trabalhista.

O dirigente destaca também que a Nova Central vem crescendo a cada ano. “Somamos mais de 1.300 Sindicatos em todo o Brasil, que nesse primeiro dia do Congresso elegerão a diretoria para os próximos quatro anos", disse Luizinho. O atual presidente da entidade, José Calixto Ramos, lidera a única chapa inscrita no processo eleitoral.