Reforma trabalhista: Centrais aumentam pressão sobre senadores
Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Central Única dos Trabalhadores (CUT) afirmaram após aprovação, nesta terça-feira (4), do regime de urgência para votação da reforma trabalhista no Senado que não haverá trégua aos senadores. Foram 46 votos a favor e 19 contra o regime de urgência. A expectativa é que a reforma seja votada no dia 12 de julho.
Publicado 05/07/2017 12:41
“A aprovação do pedido de urgência na votação da reforma trabalhista demonstra a pressa em que o ilegítimo governo Temer, denunciado por corrupção, e sua tropa de choque pretendem atuar para retirar os direitos trabalhistas”, denunciou o presidente da CTB, Adilson Araújo.
De acordo com ele, esta é uma semana “para fazer muito barulho” especialmente nas bases eleitorais dos senadores. “É preciso alertar que quem votar contra a classe trabalhadora, nunca mais vai ser eleito, pois os trabalhadores e trabalhadoras brasileiras não perdoarão aqueles que lhes roubarem o futuro. Na semana que vem, todos ao Senado”, convocou Adilson Araújo.
A direção da CUT também orientou as bases em todos os estados para que pressionem os senadores. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 38/2017 será votado no plenário em votação decisiva e final. A central recomendou o uso do site NA PRESSÃO, onde há uma campanha específica para a Reforma Trabalhista, que proporciona acesso direto a todos os canais e redes sociais dos senadores, além de informar a posição de cada senador sobre a reforma.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, destacou, no lançamento do site que os senadores "dizem que o que os deixa com medo é justamente a pressão nas bases. Então, a ideia é justamente furar o bloqueio e mostrar a indignação dessas bases".
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, afirmou em artigo publicado nesta quarta-feira (5) no site da entidade que as reformas explicitam as “intenções arbitrárias do governo”, que, na opinião do sindicalista, errou na política econômica.
“As reformas trabalhista e da Previdência propostas pelo governo, que aguardam uma decisão do Congresso, escancaram de vez a intenção arbitrária de mascarar seus próprios erros no que se refere à condução da economia nacional, tirando daqueles que ganham menos e privilegiando uns poucos endinheirados”, afirmou o dirigente.
Na opinião de Juruna, “qualquer reforma que signifique redução ou supressão de direitos é inadequada e fere de morte um contingente inimaginável de pessoas que só desejam levar adiante suas vidas com dignidade”.