Frente Brasil Popular: Pressão em Brasília e reforçar Diretas Já

Em nota divulgada nesta segunda-feira (10), às vésperas da votação da reforma trabalhista no plenário do Senado, a Frente Brasil Popular orientou as entidades que integram a frente a intensificarem a mobilização em Brasília. O site Na Pressão, que dá acesso às redes sociais e e-mails dos senadores, deve ser compartilhado e acessado, de acordo com a Frente. 

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Também estão sendo programados atos em todos os Estados para que a Câmara dos Deputados acate a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR), que denunciou Michel Temer por corrupção passiva.

A denúncia tramita na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ). O deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), relator da denúncia contra Michel Temer na Comissão, deve apresentar o parecer nesta segunda. 

“São semanas decisivas para o desenlace da crise política e institucional do Governo Temer. A bandeira das “Diretas Já” ganhará ainda mais materialidade nessa conjuntura, em que as forças golpistas se rearticulam em torno da figura de Rodrigo Maia”, diz trecho da circular da Frente.

Confira abaixo na íntegra a nota da Frente Brasil Popular:

Nota da Frente Brasil Popular

A Frente Brasil Popular diante do cenário político em que a crise política e institucional se agudiza com as inúmeras denúncias contra o presidente ilegítimo Michel Temer, seus ministros e aos que, no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff se colocavam como os guardiões da bandeira contra a corrupção.

Nesse cenário, a votação das reformas trabalhista e da previdência são usadas como salva-vidas do governo que está em fase terminal. Ao mesmo tempo, aqueles que já articulam para derrubar Temer e ocupar a presidência colocam a reforma como a prioridade máxima do programa para continua afagando os setores que sustentaram o golpe dado contra o Estado Democrático de Direito.

Qualquer um que entrar indiretamente tem um único objetivo: pagar a conta do golpe jurídico, midiático e legislativo aprovando as reformas, Trabalhista e Previdenciária.

A Reforma Trabalhista, em trâmite no Congresso Nacional, acaba com direitos duramente conquistados, como o 13º, férias e descansos semanais remunerados. O projeto permitirá grávida trabalhar em lugares insalubres, aumentará a jornada de trabalho, diminuirá o horário de almoço para 30 minutos e, entre outros, permitirá o negociado sobre o legislado. O patrão poderá mudar as regras das leis como bem pretender.

Para a Frente Brasil Popular, a reforma trabalhista é a mudança radical das relações do trabalho com o único intuito de aumentar os lucros dos empresários e precarizar a mão de obra do trabalhador e da trabalhadora brasileira.

É preciso reafirmar que só há um forma de derrotar a pauta que quer retirar os direitos dos trabalhadores: eleições diretas para o povo decidir quais são as medidas para o Brasil sair da crise.

Setores do judiciário têm lado

A sociedade civil está assistindo cotidianamente dois pesos e duas medidas do poder judiciário do Brasil. O relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin, mandou soltar na última sexta-feira, 30, o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), e determinou o cumprimento de medidas cautelares alternativas. Loures, ex-assessor especial de Michel Temer, foi denunciado junto com o presidente pela Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva. Rodrigo ficou conhecido como o homem da mala preta depois que imagens veiculadas mostram ele saindo de um restaurante com uma mala de mais de R$500 mil reais. Assim como Aécio Neves, que mesmo com a irmã e o primo presos, teve seu processo arquivado pela comissão de ética do Senado.

Ações e reações muito diferentes quanto ao processo que tem como principal objetivo impedir a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tentam ao todo momento condena-lo sem provas com base somente em “indícios” e “convicções”.

A classe trabalhadora deste país não dará um minuto de trégua para Temer e seus aliados. Já demonstramos isso quando ocupamos as ruas e as redes nos dias 8 de março e construímos a maior greve dos últimos 100 anos, no dia 28 de Abril. Também ocupamos Brasília no dia 24 de maio – maior ato desde a Marcha dos Cem mil – que foi respondida pelo governo com repressão e criminalização com uso das Forças Armadas, paramos o Brasil com grande força do nordeste no último dia 30, e iremos pressionar de todos os jeitos os senadores do país todo.

Por isso, diante desse cenário, a Frente conclama para ocupar as ruas no dia da votação da denúncia do processo contra o presidente Michel Temer e a realização de atividades com objetivo de pressionar os senadores no dia da votação da reforma trabalhista.
É o momento de unirmos os amplos setores progressistas e democráticas em defesa do Brasil para que nessa encruzada que vivemos o caminho que trilharemos seja o da construção de país justo, soberano e desenvolvimento.

São Paulo, 10 de Julho de 2017

Fora Temer, Diretas Já!
Nenhum Direito a Menos