Vanessa: Ato foi o último recurso para defender os trabalhadores

Ao encaminhar o voto do PCdoB contra a reforma, a senadora Vanessa Grazziotin (AM) reforçou que a ocupação da mesa-diretora durante toda o dia desta terça-feira (11), foi um ato para defender o direito dos trabalhadores que está sendo ameaçado pela reforma de Temer.

Vanessa Grazziotin - Agência Senado

Ela explicou que durante todo o dia e mesmo antes da sessão, as senadoras tentaram negociar a revisão de um ponto do projeto da reforma que trata sobre o trabalho da gestante e lactante em local insalubre.

"Eu quero que as pessoas percebam que nós não estamos aqui fazendo um discurso vazio, ou porque estamos atrás de eleitores, do voto dos eleitores, não. O que nós estamos fazendo aqui é defender direitos de trabalhadores e trabalhadoras que estão sendo ameaçados", enfatizou a senadora ao explicar a ação que suspendeu a sessão no Senado.

"Nós ficamos quase dez horas sentadas naquelas cadeiras, e não pensem os senhores que nós nos sentimos bem. Mas esse foi o último recurso que nós encontramos para tentar pelo menos corrigir parcialmente esse projeto", explicou a senadora.

A senadora rebateu a acusação da base do governo, que diz que o objetivo da obstrução era prejudicar o governo. "Queremos aprovar a emenda não porque queremos destruir este governo. Não! Quem está destruindo este governo são exatamente aqueles que o colocaram no poder; não somos nós", frisou.

A parlamentar comunista voltou a repelir manobra da base aliada do governo que tentar não fazer emendas ao projeto, o que impede que o texto volte à Câmara. no acordo feito com o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), relator do texto, ele apenas faria recomendações de veto e de medidas provisórias.

"Michel Temer disse que esse projeto aprovado pela Câmara ficou melhor. Então, quem vai garantir que ele vai vetar. Não vamos abrir mão do nosso mandato! Vamos aprovar pelo menos uma emenda", pediu a senadora.

A senadora rebateu o discurso de aliados do governo que tentam culpar o governo Dilma Rousseff pela crise. "Os senhores dizem que tem que ser mexido o trabalho intermitente, que não tem limite nenhum, e esse trabalho intermitente, é pago por hora e, se ao final do mês o trabalhador não trabalhou horas suficientes, ele vai ganhar menos do que o salário mínimo. Os senhores levantam a gravidade do tal autônomo exclusivo", advertiu.

A senadora rebateu a acusação da base do governo, que diz que o objetivo da obstrução era prejudicar o governo. "Queremos aprovar a emenda não porque queremos destruir este governo. Não! Quem está destruindo este governo são exatamente aqueles que o colocaram no poder; não somos nós", frisou.

E acrescenta: "O que nós queremos é apenas a possibilidade de ter o direito de votar e aprovar algo que não vai prejudicar as mulheres. Apenas isso que a gente pede, e eu aqui peço humildemente aos senhores".