Lei de saúde de Trump será votada

A lei de saúde de Donald Trump foi alterada e será votada num senado em que tanto os republicanos como os democratas não estão satisfeitos

Por Carolina Marcheti

health care

A proposta tenta agradar tanto os democratas (partido centrista) como os republicanos (extrema-direita) se utilizando de medidas que ambos os lados aceitem. É permitido que os planos vendam uma cobertura muito limitada, ideia dos republicanos, mas por outro lado injeta verbas adicionais para que os Estados subsidiem segurados, exigência dos democratas.

O projeto mantém os cortes do Medicaid, sistema público voltado à população mais pobre (o que já era previsto no Obamacare).

Basicamente há mais fundos públicos destinados a saúde, mas muitos terão uma cobertura deficiente que não os auxiliará em doenças mais graves. Essa mudança – não tão drástica – não agradou a nenhum dos lados.

O líder de maioria republicana no senado, Mitch McConell disse que "Esta é a nossa chance de promover as mudanças de que falamos desde que o Obamacare foi imposto para o povo americano". Porém que mudança é essa que, em cima do muro, pode auxiliar alguns cidadãos e piorar a saúde para outros?

Enquanto os republicanos tem 52 cadeiras no Senado, os democratas tem 48. De acordo com as leis norte-americanas, para se firmar uma lei precisa-se de 50% dos votos mais um voto. No caso de empate, o voto do vice-presidente Mike Pence decidirá se a medida será aprovada ou não.

O projeto de Trump perdeu nas votações do mês de março e depois de modificado, as votações foram transferidas e o texto chegará ao plenário na semana que vem.

De acordo com o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, o "novo projeto republicano é tão perverso quanto o antigo". O Comitê de Orçamento do Congresso estima que a medida poderá deixar 22 milhões de pessoas sem seguro de saúde até 2026.