Polônia destrói monumentos históricos defendendo uma “descomunização"

O presidente da Polônia Andrzej Duda assinou nesta segunda-feira (17) as emendas à lei que proíbe a propaganda do comunismo. Nela também é regulamentada a demolição dos momentos da época soviética, segundo o site presidencial.

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A lei entrará em vigor três meses depois de ser assinada.

"O ato de 22 de junho de 2017, que altera a lei sobre a proibição de promover o comunismo ou outro sistema totalitário em nomes de edifícios, objetos e instalações públicas, foi assinado em 17 de julho de 2017", afirma o site.
 
A câmara baixa do Parlamento da Polônia aprovou as emendas em 22 de junho à chamada lei de descomunização, estipulando assim a demolição de mais de 500 monumentos do período soviético no país.
 
Esses monumentos, deveriam ser tombados, porque independentemente da posição política do país, eles fazem parte da história que sempre deve ser preservada para ser contada.
 
Além disso, a Polônia está caindo em uma contradição enorme porque ela mantém o Campo de concentração de Auschwits, onde foram mortos cerca de 1,3 milhões de pessoas, além de monumentos referentes ao nazismo.
 
Estaria a Polônia condenando o comunismo, mas considerando o nazismo uma lembrança que deve ser preservada?
 
A lei de "descomunização", proibindo o uso de nomes que honram pessoas, organizações, eventos e datas simbolizando o comunismo em espaços públicos, foi assinada pelo presidente da Polônia Andrzej Duda em maio de 2016. Reagido à ação, o Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que os poloneses estavam liderando a corrida "antirrussa", com 30 monumentos soviéticos profanados e demolidos no país em 2015.
 
De acordo com as reportagens na mídia, há cerca de 490 monumentos soviéticos localizados em áreas públicas na Polônia.
 
Mas a Duma de Estado (câmara baixa do Parlamento russo) anunciou que está preparando uma resposta às ações dos seus colegas poloneses.