Seis homens concorrem às eleições angolenses

A Angola terá um novo representante político no dia 23 de agosto. O partido com mais deputados eleitos, irá selecionar o novo presidente por um período de cinco anos. Há seis candidatos concorrendo a vaga (todos homens).

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O eleito, mediante votação indireta, será o terceiro presidente do país desde sua independência de Portugal, em 11 de novembro de 1975.

O atual chefe de Estado, José Eduardo dos Santos do Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA), está no governo desde 1979 e decidiu em fevereiro que não seria candidato nas eleições presidenciais. O general João Lourenço é o candidato do MPLA.

José Eduardo dos Santos tem sido frequentemente associado à grande corrupção e ao desvio de recursos petrolíferos. Seus oponentes o acusam de ignorar as necessidades sociais e económicas de Angola, concentrando seus esforços em acumular riqueza para sua família, ao mesmo tempo em que silencia a oposição ao seu governo.

A União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita) é a segunda força política e pretende manter essa posição. Seu líder é Isaías Samakuva.

Por sua vez, a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) vive um declive e pode ficar sem representação parlamentar. Uma demonstração da sua crise é que o presidente da FNLA, Lucas Ngonda, foi destituído por uma reunião de membros do comitê central.

Após semanas de espera, o Tribunal Constitucional opinou que a retirada de Ngonda não foi correta e o confirmou como representante legítimo do partido, uma ação que o catapultou para candidato presidencial. Entretanto, ele teve muitas dificuldades para oficializar suas alianças com deputados e esteve próximo de perder o aval da corte para participar nas eleições.

O candidato da Convergência Ampla de Salvação de Angola-Coalizão Eleitoral, tem como líder Abel Chivukuvuku, que teve qe tirar vários familiares do partido após denúncias de nepotismo.

Alguns analistas acham que a sua aprovação possa ser maior do que a de Samakuva, mas outros acreditam que ele continuará em terceiro lugar como em 2012.

O líder da MPLA foi o único que esteve nas 16 das 18 províncias angolanas. É também o que tem mais posters com publicidade nas cidades. Nas últimas semanas começaram a aparecer anúncios de outros candidatos, que agora contam -cada um dos seis- com mais um milhão de dólares procedentes dos recursos públicos para suas campanhas.

Em menos de dois meses se conhecerá o futuro presidente angolano. Dele se espera uma melhora na crise econômica vivida pelo país desde o fim de 2014 e na procura do desenvolvimento sustentável.